Wow! Cientistas podem ter descoberto o primeiro planeta fora da Via Láctea
"Estamos tentando abrir uma área totalmente nova para encontrar outros mundos", disse a cientista Rosanne Di Stefano
Um grupo de cientistas da Nasa pode ter encontrado indícios do primeiro exoplaneta fora da Via Láctea. Até o momento, os astrônomos já descobriram milhares de exoplanetas, que são planetas fora do nosso sistema solar, mas todos dentro da nossa galáxia – e dessa vez pode ser diferente!
A possível descoberta foi publicada na revista científica Nature Astronomy, e estaria localizada na galáxia Messier 51, a 28 milhões de anos-luz de distância. Os cientistas analisaram os chamados trânsitos, que é a passagem de um planeta na frente de uma estrela causando a obstrução da luz. Na observação, a astrofísica Rosanne Di Stefano e seus colegas da Nasa, acompanharam quedas do brilho de raio-X de objetos conhecidos com brilho binário de raio-X, que normalmente contém uma estrela de nêutrons ou um buraco negro que orbita por perto.
Por causa dessa proximidade, a matéria superaquece e brilha no comprimento das ondas de raio-X. Como essa região que possui raio-X brilhante é pequena, é mais fácil detectar planetas que passam na sua frente, sendo mais fácil detectar os trânsitos. “O método que desenvolvemos e empregamos é o único método atualmente implementável para descobrir sistemas planetários em outras galáxias”, disse Di Stefano para a BBC.
Apesar da evidência empolgante para o meio científico, os pesquisadores precisarão esperar 70 anos para passar em frente a um parceiro binário, com os meios disponíveis hoje, para confirmar a descoberta. “Infelizmente para confirmar se estamos vendo um planeta precisaríamos esperar décadas para ver outra passagem”, disse o astrofísico Nia Imara, da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara. Os cientistas consideram a possibilidade de, caso não se trate de um planeta, pode ser uma nuvem de gás ou poeira, mas esta opção é considerada pouco provável. “Achamos que temos um argumento forte, e este processo é como a ciência funciona”, disse a co-autora do estudo, Julia Berndtsson, da Universidade de Princeton.