Em partida contra a Austrália, realizada na última quinta-feira, 13, em Montpellier, na França, a Seleção Brasileira sofreu sua primeira derrota na Copa do Mundo. Contudo, o jogo serviu para que Marta se tornasse a maior artilheira da história das Copas ao marcar um pênalti no primeiro tempo.
A camisa 10 se igualou a Klose, da Alemanha, e chegou ao topo do pódio ao lado do ex-jogador da Seleção Alemã, com 16 gols marcados em mundiais. Contudo, como Klose já se aposentou e Marta segue na ativa e tem, pelo menos, mais uma partida na Copa da França, ela pode superar o número do atleta e alcançar a liderança, sem empates, no topo! #JogueComoUmaGarota
O recorde foi comemorado com um gesto simbólico: Marta apontou para a chuteira, mas não simplesmente porque ela a ajudou a fazer o gol. Talvez você não tenha notado, mas, no calçado, havia o símbolo matemático de igualdade nas cores rosa e azul.
A embaixadora da ONU entrou em campo com o desenho da campanha Go Equal não apenas para deixar seu recado sobre igualdade de gênero no esporte, mas também para fazer um protesto: a artilheira e seis vezes melhor do mundo está sem patrocínio de material esportivo desde julho de 2018. Quando recebia alguma proposta, o valor oferecido era muito abaixo do oferecido a homens que, como Marta, ocupam posições de destaque no futebol.
“Não gosto de falar, gosto de mostrar”, disse Marta após a partida contra a Austrália. Com relação aos comentários abaixo, todos feitos por homens e retirados da internet, Marta tem razão: a luta ainda é necessária e será muito mais exaustiva que uma partida com acréscimos e prorrogação.
Tem que fazer barulho mesmo, Marta! Superar homens em número de gol, ser artilheira e melhor do mundo em um esporte ainda dominado pelo machismo continua incomodando…