Em fevereiro, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico revelou que os investimentos de pesquisa praticamente zerariam no Brasil neste ano. De acordo com o órgão, a redução da verba seria de 33%. Ainda não sabia-se ao certo quando a crise na educação alcançaria seu ápice. Nesta semana, contudo, parece que um prazo foi dado.
De acordo com uma reportagem do jornalista Renato Grandelle, do jornal O Globo, publicada no último dia 2, a verba do país destinada a pesquisas e bolsas de estudo termina em julho. Especula-se que um dos principais motivos para esse aceleramento do processo tenha sido o novo corte recente de orçamentos feito pelo presidente Jair Bolsonaro no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, comandado pelo ministro e astronauta Marcos Pontes.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico financia hoje 11 mil projetos. A bolsa para estudantes de mestrado é de R$1500 e para os de doutorado, R$2200. Com o corte de financiamento – ou, no mínimo, de boa parte dele -, muitos alunos podem ter que abandonar os cursos e, inclusive, largar especializações que estão fazendo no exterior. Para alguns especialistas, essa crise na educação e na área de pesquisas deve afetar principalmente a saúde e as novas descobertas na área.
Seriam os cortes de verba a única saída para superar a crise econômica que o país vive? Como não deixar que ela afete diretamente a nossa educação, já tão capenga? Dias difíceis…