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Treinamento contra racismo continua e Starbucks fecha 8 mil lojas

O fechamento é temporário e ideia do treinamento veio após um caso racista, ocorrido em abril, envolvendo a marca.

Por Amanda Oliveira Atualizado em 29 Maio 2018, 13h41 - Publicado em 29 Maio 2018, 13h26

Nesta terça-feira, 29, a rede Starbucks fechou 8 mil lojas nos Estados Unidos para treinar os funcionários sobre discriminação racial. O treinamento surgiu após um caso racista envolvendo a marca, em abril, quando dois homens negros foram presos depois de pedirem para usar o banheiro enquanto esperavam por um amigo. Toda a cena foi gravada por clientes indignados que estavam presentes no local.

Após o caso racista, algumas pessoas se reuniram para protestar contra a rede. Mark Makela/Getty Images

Na época, Kevin Johnson, presidente da empresa, afirmou que a equipe faria o possível para que aquilo não acontecesse novamente. “Embora não se limite à Starbucks, estamos comprometidos em sermos parte da solução”, disse. Além do treinamento dos funcionários, a rede também decidiu autorizar o acesso aos banheiros das unidades mesmo para pessoas que não consumam nada no local. “Não queremos que ninguém no Starbucks se sinta como se não pudesse ir ao banheiro porque não merece”, afirmou o diretor-executivo da Starbucks, Howard Schultz, em um debate em Washington DC.

Os dois jovens negros, Rashon Nelson e Donte Robinson, fecharam um acordo com a Starbucks e a prefeitura da Filadelfia, onde aconteceu o caso. Ambos receberam uma indenização de danos morais e a cidade irá financiar US$ 200 mil em um programa para jovens empreendedores de escolas públicas.

O treinamento dos funcionários consiste em vídeos e discussões sobre como servir melhor os consumidores da rede e evitar novas crises, principalmente por discriminação racial, que nem ao menos deveriam acontecer nos dias de hoje. Racismo é crime e todas as pessoas precisam lutar para que esses casos inadmissíveis cheguem ao fim.

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