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Teste final de vacina produzida em Oxford contra a COVID-19 começa em SP

Apesar dos testes serem realizados em primeira mão no Brasil, não há nenhum acordo que garanta prioridade ao país na compra

Por Gabriela Junqueira Atualizado em 23 jun 2020, 20h26 - Publicado em 23 jun 2020, 15h13
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CAPRICHO/Divulgação

Na última segunda-feira (22/6), a Fundação Lemann anunciou que os testes da vacina contra a COVID-19, produzida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, começaram em São Paulo.

O Brasil é o primeiro país a testar a droga, nomeada ChAdOx1 nCoV-19, e um dos motivos foi o fato de estarmos vivendo uma escalada da pandemia. “O melhor local para provar que a vacina funciona é onde a epidemia está ativa, com alta circulação do vírus”, explicou Rosana Richtmann, infectologista, para a Veja Saúde.

De acordo com o G1, a assessoria da Fundação Lemann, responsável por coordenar mais de mil testes, disse que, nas últimas sexta e segunda-feira, foi realizada a fase de triagem dos testes sorológicos nos voluntários. As aplicações da vacina acontecem na terça e quarta-feira.

Além da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, testes da vacina criada pelo laboratório chinês Sinovac serão realizados pelo Instituto Butantan, no próximo mês, São Paulo Cravetiger/Getty Images
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No último final de semana, a Fundação Lemann teve a oportunidade de celebrar com os parceiros envolvidos e especialistas responsáveis o início dos testes em São Paulo para a vacina ChAdOx1 nCoV-19, liderada globalmente pela Universidade de Oxford”, disse a Fundação Lemann, que financia os testes na capital paulistana, em nota divulgada.

Ao todo, a vacina deve ser testada em 50 mil pessoas ao redor do mundo (no Brasil, 2 mil voluntários serão testados em São Paulo e mil no Rio de Janeiro). Segundo a Unifesp, que realiza os testes na capital paulista, os voluntários que participarão são profissionais da saúde com idade entre 18 e 55 anos, além de outros funcionários do Hospital São Paulo.

“Há um caminho importante a ser percorrido agora pelos especialistas antes de podermos celebrar bons resultados. O que virá depois ainda não sabemos. Enquanto isso, o foco da Fundação Lemann está em acompanhar a iniciativa”, afirmou a Fundação.

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Como funciona a vacina?

A vacina de Oxford, que está na terceira fase de testes, é uma das que apresenta melhores resultados entre as 141 que estão sendo testadas ao redor do mundo! É produzida a partir de um adenovírus modificado ao qual foi adicionado o material genético de uma proteína que a Sars-Cov-2 possui em sua superfície para invadir as células humanas, chamado de spike ou espícula.

A partir dessa droga, o corpo replicaria esse material e passaria a criar anticorpos para se proteger dele, assim se protegendo do coronavírus. Esse material genético sozinho não chega a causar a COVID-19, por isso a vacina é considerada segura. Os resultados devem ser anunciados em setembro e, caso tudo ocorra como o planejado, a vacina para o coronavírus pode estar pronta ainda em outubro. Entretanto, apesar dos testes, até o momento não existe nenhum acordo que garanta preferência para o país na compra da mesma.

No próximo mês, o Brasil também começa a testar a vacina produzida pelo laboratório chinês Sinovac. Os testes são resultado de uma parceria com o Instituto Butantan, vinculado ao governo do Estado de São Paulo e, caso os resultados sejam positivos, há a possibilidade de produção por aqui.

Tomara que essas vacinas saiam logo, né? Estamos esperando ansiosas!

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Teste final de vacina produzida em Oxford contra a COVID-19 começa em SP
Apesar dos testes serem realizados em primeira mão no Brasil, não há nenhum acordo que garanta prioridade ao país na compra

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