A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) afeta mais de 2 milhões de mulheres por ano no Brasil. Trata-se de um distúrbio hormonal marcado pela presença de altos níveis de hormônios masculinos em garotas e mulheres, impactando na ovulação e no ciclo menstrual. Os sintomas mais comuns, como menstruação desregulada ou inexistente, ganho de peso, pele muito oleosa e acne e crescimento de pelos no rosto, nos seios e no abdômen, costumam aparecer já na adolescência, viu?
No SOS Sexo desta semana, uma leitora questionou se quem tem ovários policísticos pode engravidar. Quem respondeu a dúvida foi a ginecologista, obstetra, mastologista com foco em Saúde Sexual e fundadora da Mia Care, Clarissa Silveira. Confira a resposta a seguir!
“Mulheres com síndrome dos ovários policísticos (SOP) podem engravidar, mas a SOP pode impactar negativamente a fertilidade em algumas pacientes. De acordo com a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), a SOP é uma das principais causas de anovulação e irregularidades menstruais em mulheres em idade reprodutiva, afetando cerca de 10% das mulheres em idade fértil no Brasil.
É importante destacar que a maioria das mulheres com SOP pode ter sucesso na busca pela gravidez com o tratamento adequado. Isso pode envolver orientações sobre mudanças no estilo de vida, como a perda de peso em casos de sobrepeso, bem como o uso de medicamentos para estimular a ovulação. Em situações mais complexas, as técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV), também podem ser indicadas.
O diagnóstico precoce da SOP é crucial, pois permite o início do tratamento adequado o mais cedo possível e o proporciona a oportunidade de orientar as pacientes sobre mudanças no estilo de vida que podem melhorar a saúde reprodutiva. Isso pode envolver a promoção da perda de peso em casos de sobrepeso, a adoção de uma dieta equilibrada e a prática de exercícios físicos regulares. Essas mudanças no estilo de vida podem ajudar a regular os ciclos menstruais e melhorar a resposta aos tratamentos de fertilidade, aumentando as chances de gravidez.
É fundamental que as pacientes com suspeita de SOP ou com diagnóstico confirmado busquem a orientação de um ginecologista para uma avaliação detalhada e um plano de tratamento personalizado.”
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