O atacante Robinho foi condenado pelo Tribunal de Apelo de Milão, em segunda instância, a nove anos de prisão. A decisão é sobre o caso de estupro coletivo contra uma mulher albanesa que o atleta foi acusado em 2013, quando jogava pelo time Milan.
A defesa do jogador e de Ricardo Falco, que também responde ao processo, pretende recorrer à decisão em liberdade e, se isso acontecer, o processo irá para a terceira e última instância. Robinho só receberá a sentença quando não existir mais nenhuma apelação possível e o caso for considerado julgado, o que pode demorar até dois anos.
A decisão em segunda instância deve sair em 90 dias e só depois desse período os advogados de defesa poderão entrar com um pedido para que o caso vá para a Corte de Cassação. O jogador não compareceu ao tribunal quando nenhuma das duas sentenças foi dada, mas, segundo o tribunal italiano, a sua presença não era obrigatória. O processo foi julgado por um colegiado de três mulheres, as juízas Francesca Vitale, Paola Di Lorenzo e Chiara Nobili.
O caso
O crime de estupro envolvendo o nome de Robinho teria acontecido em janeiro de 2013, em uma boate italiana chamada Sio Café. Além do atleta, outros quatros brasileiros teriam participado do estupro. Quando foi interrogado em 2014, o jogador negou o crime, mas disse que manteve relações sexuais consensuais com a mulher. Entretanto, ligações entre os acusados gravadas pela Justiça indicaram que os homens tinham consciência do estado da vítima, o que foi um fator determinante para a condenação em primeira instância e segunda instância. Robinho, entretanto, seguiu negando o crime e disse que houve erro de transcrição para o italiano.