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Psicólogos da ficção que têm ótimos conselhos para você levar para vida

Que tal "fazer uma terapia" com a Devi, de "Eu Nunca..."? Essa e outras séries trazem mensagens legais sobre saúde mental

Por Juliana Morales Atualizado em 3 jul 2023, 10h00 - Publicado em 2 jul 2023, 11h02

A ajuda de um profissional para lidar com a saúde mental é bem importante. Isso não significa que os psicólogos  resolvam os problemas dos pacientes, viu? Não é assim. Na verdade, eles dão ferramentas para que a própria pessoa consiga lidar com as questões. Nas séries não é diferente. Personagens muito queridos pelo público contam com a ajuda dos especialistas para passar por fases difíceis e se conhecerem.

Apesar de fictícios, muitos conselhos trazidos por esses personagens têm mensagens importantes que todas nós podemos levar para a vida real. Separamos alguns exemplos para vocês!

Dra. Jamie Ryan, a psicóloga da Devi, de “Eu Nunca…”

Um dos pontos altos de “Eu Nunca…”, com certeza, são as trocas divertidas e emocionantes que Devi tem com a sua psicóloga: a querida Dra. Ryan. A terapeuta, ótima em fugir das perguntas capciosas e sexuais de Devi, foi uma pessoa muito importante no processo de luto do qual a garota precisou enfrentar após a morte do seu pai.

Por várias vezes em que Devi tentou esquecer as coisas ruins ou fingir que nunca aconteceu, a psicóloga alertou que era preciso processar tudo que aconteceu. Caso não conseguisse falar em voz alta suas dores, ela poderia anotá-las no “diário de mágoas”, um caderninho especial para desabafos.

Afinal, como retrata a série da Netflix, perder alguém muito importante e que amamos é muito doloroso. Às vezes, é natural tentar ignorar o fato e todos os sentimentos envolvidos até para tentar suportar, mas em algum momento vai ser preciso olhar para isso, enfrentar, para então seguir em frente. Também precisamos aprender com Devi que arrumar um namorado ou qualquer outra distração não é capaz de te fazer superar isso.

“Quero que se permita reconhecer a dor que você, claramente, sente. […] Porque acho que isso ajudaria você a se curar.” [temporada 1, episódio 8]

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No Youtube, psicólogas da vida real reagiram às sessões de terapia de Devi, o que rendeu vídeos ótimos, aliás:

 

Boris, o psicólogo da escola de Young Royals

Na segunda temporada de Young Royals, Wilhelm passa por uma série de questões que abalam ainda mais seu emocional e pioram sua ansiedade. Além da pressão de ser o príncipe herdeiro da Suécia, mesmo sem nunca ter desejado isso, ele ainda precisa lidar com o amor intenso e proibido que sente por Simon.

Apesar de no início ser contrário e resistente à terapia imposta pela sua mãe, a rainha, Wilhelm começa a se sentir mais confortável nas sessões. Após um desabafo sobre precisar dar conta de tudo e não conseguir, Boris, o psicólogo da escola, fala uma coisa que vai fazer toda a diferença na série (sem dar muito spoiler para quem ainda não viu).

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Mas o ponto é que o conselho do personagem é válido para todo mundo, da família real ou não, na ficção ou na vida real. Não é fácil lidar com expectativas que os pais, familiares e outras pessoas tem de nós, principalmente na adolescência. É preciso parar para entender o que nós sentimos, sem interferência externa, e sempre se perguntar aquele caminho ou sonho é nosso mesmo ou apenas do outro.

“Ser grato também pode significar que você sente culpa, que você tem uma dívida. E isso pode ser uma pressão enorme. Ainda mais quando você ganha algo que nunca pediu[….] Não podemos escolher como nascemos. Mas podemos escolher como viver a nossa vida.” [temporada 2, episódio 5]

Julia Sasaki, a psicóloga de Sam em Atypical

Aqui nem estamos falando tanto de um conselho específico, mas do contexto geral de Atypical. Para quem não assistiu ou já não lembra muito bem, a primeira cena da série é justamente do protagonista Sam, um adolescente dentro do espectro autista, na sua primeira sessão de terapia. Tudo começa quando o garoto decide criar mais independência da família e arrumar uma namorada. Com a ajuda da psicóloga Julia ele começa essa aventura de autodescoberta.

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Elsa, a mãe de Sam, procura a terapeuta para dizer que está preocupada com a possibilidade do filho namorar e isso gerar mais ansiedade nele, além do medo de como ele lidaria com um coração partido. “Todas as coisas que dificultam o dia a dia do meu filho, como entender regras sociais, jogar conversa fora, são intensificadas em namoros. Namorar alguém requer muita comunicação não-verbal e Sam [por ser autista] é muito literal. Relacionamentos já são difíceis para neurotípicos”, disse a personagem.

Julia, então, responde que existem estratégias que ela, uma especialista, pode ensinar ao garoto para lidar com a situação. A psicóloga fictícia ainda citou que muitas pessoas autistas não estão em um relacionamento não porque não sentem vontade, mas por não saberem agir. “Seu filho tem o mesmo desejo de ser amado que todos. Por que ele não pode tentar?”, rebate na cena do episódio 1 da primeira temporada.

Então a séria, além de divertida, é um lembrete que o amor é para todos, inclusive para os neurodivergentes. 

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