Nesta terça-feira (12), policiais da Divisão de Homicídios da Polícia Civil e promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro prenderam dois suspeitos de participarem do assassinato da vereadora (PSOL) Marielle Gomes e o motorista Anderson Gomes, mortos em março de 2018. As prisões ocorreram dois dias antes do aniversário de 1 ano do crime.
Os acusados são Ronnie Lessa, policial militar reformado de 48 anos, e Élcio Vieira de Queiroz, ex-policial de 46 anos expulso da polícia militar. Os dois foram denunciados por homicídio qualificado e por tentativa de homicídio de Fernanda Chaves, assessora que também estava no carro atacado por tiros. As prisões ocorreram por volta das 4h da manhã nas residências dos suspeitos. Um dos acusados, Ronnie Lessa, foi preso na Barra da Tijuca, no mesmo condomínio em que morava Jair Bolsonaro.
De acordo com a denúncia, Ronnie Lessa seria o autor dos 13 disparos que mataram Marielle e Anderson e estava no banco de trás do veículo que perseguiu o carro da vereadora. Élcio Vieira de Queiroz seria o motorista na perseguição.
O Ministério Público também informou que o assassinato teria sido planejado durante três meses antes do crime. Além da prisão, a chamada Operação Lume cumpriu mandados de busca e apreensão nos endereços dos suspeitos para apreender documentos, celulares, computadores, armas e munições. A investigação também aponta que Ronnie Lessa fazia pesquisas virtuais sobre a vida de Marielle e Marcelo Freixo desde outubro de 2017, além de informações sobre o modelo da arma que a polícia suspeita que tenha sido usada no crime.
A denúncia apresentada à Justiça exige a suspensão da remuneração e porte de arma de fogo do policial Ronnie Lessa, além de indenização por danos morais aos parentes das vítimas e fixação de pensão ao filho de Anderson até ele completar 24 anos.
Embora as prisões representem um pequeno avanço mesmo após praticamente um ano que o crime aconteceu, o caso ainda está longe de ser resolvido. Afinal, quem mandou matar Marielle?