Grupos de pesquisadores realizaram testes para estudar a Ômicron e outras variantes da Covid-19. Ao analisar como a infecção reage em camundongos, foi observado que a nova cepa causa menos danos ao pulmão, o que a torna menos letal. Além disso, os testes mostraram que a variante prejudica com mais intensidade as regiões da garganta, traqueia e nariz – e que justamente por isso é mais transmissível.
Os pesquisadores da Universidade de Glasgow relatam que a infecção vem ficando mais forte e que as pessoas que tomaram a dose de reforço da vacina mostraram uma resposta imunológica melhor. A esperança se apoia na probabilidade do vírus atingir o ponto menos preocupante, quando se torna menos letal, mesmo que seja mais transmissível. O professor do Instituto de Biologia da UnB, Bergmann Ribeiro, especialista em mutações de vírus, explicou ao Metrópoles porquê isso acontece: “Não é um bom negócio para o vírus matar o seu hospedeiro. Normalmente ele aumenta a produção de vírus, a transmissibilidade e, ao longo do tempo, vai se adaptando. A longo prazo, existe a tendência do vírus ficar endêmico e ser menos letal, assim como ocorreu com os coronavírus que causam a gripe comum”.
Para o professor James Stewart, da Universidade de Liverpool, as notícias podem ser sim esperançosas, mas alerta que isso não é motivo para relaxar totalmente. “Se uma pessoa é clinicamente vulnerável, as consequências não são tão leves. Há registros de mortes pela Ômicron. Nem todos podem tirar as máscaras e ir para festas”, explica o professor. Pelo menos seis pesquisas divulgaram seus estudos recentemente, todas com conclusões similares, mas é claro que a ciência ainda precisa estudar mais a fundo os resultados. Por isso, é indispensável que os cuidados necessários com a pandemia se mantenham.
Continue se cuidando, galera!