O que são ciclones, como eles são formados e quais os tipos que existem
O "ciclone bomba" que atinge as regiões Sul e Sudeste do Brasil levantou algumas questões. Afinal, ciclone e furacão são a mesma coisa?
A região Sul do Brasil está sofrendo com a passagem de um “ciclone bomba”, que causa ventos de até 130 km/h e a agitação do oceano. O fenômeno da natureza já fez vítimas, algumas delas fatais, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, e avança para a região Sudeste, que está sendo atingida pela borda do ciclone e apresenta ventos de até 80 km/h. Nas redes sociais, durante a madrugada desta quarta-feira (1/7), só se falava sobre isso. Que baita ventania! Mas, afinal, o que são ciclones? Eles são a mesma coisa que furacões? O que são os tais “ciclones bomba”?
É importante começar esclarecendo que, apesar de furacões serem classificados como uma espécie de ciclone, eles são sistemas diferentes. Primeiro, porque furacões são fenômenos tipicamente tropicais, diferentemente dos ciclones, que podem ser tropicais, extratropicais e subtropicais. Além disso, os ventos causados pelos furações são mais fortes, assim como as chuvas, que são torrenciais. É um sistema bem mais intenso e comum na América Central, região perto dos trópicos, caracterizada pelo clima úmido e quente.
Na América do Sul, mais especificamente no Brasil, os ciclones ocorrem especialmente na região Sul e são classificados como “bomba”, que significa a mesma coisa que extratropical. Eles estão sempre associados à chegada de uma frente fria e se formam justamente por esse contraste de massas de ar frias e quentes. O apelido “bomba” é porque são intensos e rápidos, durando menos que ciclones tropicais, mas causando grandes estragos. Outra característica deles é que cruzam regiões continentais e terminam nos oceanos, onde acabam perdendo força. Eles causam ventos e chuvas fortes, o aumento da maré e ondas bastante altas.
Em uma definição geral bem básica, ciclones são enormes massas giratórias de ar de baixa pressão cheias de umidade. Levando em conta características como origem, intensidade, formato e circulação do ar, é possível dizer de que tipo eles são e se estão associados ou não à frente fria.
Confira abaixo algumas imagens do “ciclone bomba” que afeta as regiões Sul e Sudeste do país:
TEMPO | Animação das imagens de satélite mostra ciclone bomba no Atlântico. Parece haver a formação de olho, mas é fenômeno chamado de isolamento quente no centro do sistema, característica de ciclones extratropicais intensos. Leia alerta atualizado em 👉🏽 https://t.co/6hPYaH5GVl pic.twitter.com/8nV2rsJqXH
— MetSul.com (@metsul) July 1, 2020
"Ciclone-Bomba" traz temporais e ventos de mais 100km/h, causa estragos em Balneário Camboriú e assusta moradores. pic.twitter.com/WY8Nus7ELN
— No Instante 🏠 (@Noinstante_) June 30, 2020
8:00 "Hoje tô achando que vai ser um bom dia"
16:00 Jesus:" TOMA TEU CICLONE" pic.twitter.com/A1RJ1o5dMU
— Frodo bolseira (@estranhaefofa) June 30, 2020
⛈️ATENÇÃO SANTA CATARINA
Você deve ter notado que nesta terça-feira o estado teve um ciclone que atingiu praticamente todas as regiões de SC, deixou milhões de pessoas sem luz e destruiu muita coisa. Siga a thread e de RT pra saber como cada região foi atingida. ⬇️ pic.twitter.com/1iS7XFf6bo
— Canal Maré (@canalmare) June 30, 2020
#ciclone passando em floripa na praia mole. pic.twitter.com/otHnFpmQgk
— gabriell (@eugabrielbueno) June 30, 2020