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O que ‘Sober Curios’, citado em Emily em Paris, diz sobre a nossa galera

O Movimento 'Sober Curios' ganhou muitos seguidores jovens, que buscam uma relação mais saudável com o álcool

Por Juliana Morales Atualizado em 30 ago 2024, 18h07 - Publicado em 28 ago 2024, 19h08
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o quarto episódio da terceira temporada de Emily em Paris, a protagonista e seus amigos de trabalho discutem sobre uma ação de marketing para um novo vinho em lata. A grande questão é como atrair o público jovem. A personagem de Lily Collins sugere então uma versão da bebida sem álcool, alegando que esse setor cresceu graças ao Movimento ‘Sober Curios’.

Ela explica que a Geração Z e os millennials (nascidos entre 1984 e 1995) estão adotando uma abordagem mais saudável em relação ao álcool. “Não é que não bebem, mas exploram o que não é beber”, esclarece. Esse conceito abordado na série é real e reflete um comportamento comum da nossa galera.

Já discutimos aqui na CAPRICHO, por exemplo, que muitos jovens estão abandonando comemorações de aniversários em bares e baladas, regadas a bebidas, por uma celebração mais saudável em uma aula de funcional, no spinning, correndo uma maratona ou num brunch.

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Um estudo, chamado Copo Meio Cheio feito pela consultoria de pesquisa Go Magenta, apontou que, aproximadamente, 30% dos jovens da Geração Z bebe menos para ter mais autocontrole, por medo da chamada “ressaca moral”. Já os millennials se preocupam mais com os efeitos da ressaca física.

Um reportagem da revista Exame mostra, justamente, o que Emily disse na série: as empresas do setor estão adaptando suas ofertas para atender às novas demandas do público mais jovem e consciente. Eles citam o estudo da IWSR, que analisa o setor de bebidas em 10 principais mercados – incluindo o Brasil. Os dados mostram que as vendas de bebidas não alcoólicas ou com baixo teor atingiram US$ 11 bilhões em 2022, representando um crescimento de 37,5% em comparação com 2018.

O que o movimento ‘Sober Curios’?

O termo ‘sober curious’ (curioso sobre a sobriedade) foi cunhado pela jornalista e escritora Ruby Warrington, que lançou, em 2018, o livro “Sober Curious: The Blissful Sleep, Greater Focus, Limitless Presence, and Deep Connection Awaiting Us All on the Other Side of Alcohol”. Na obra, ela conta sua experiência pessoal de como começou a  questionar sua relação com o álcool e a maneira que isso afetava sua vida.

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Em entrevista à Revista Gama, Warrington esclarece que aderir ao “sober curious” não significa parar de beber totalmente, mas, sim, sair do piloto automático e ser mais seletivos sobre quando e onde beber “Quer dizer literalmente questionar todo instinto, impulso, convite e expectativa de beber”, explica à revista. Para ela, essa é, inclusive, a forma que as pessoas podem “recuperar nossos corpos e consciências”.

A intenção de Warrignton, que hoje é uma porta-voz de um estilo de vida mais saudável e livre de bebidas alcoólicas, como explica à Gama, não era exatamente criar uma tendência quando escreveu o livro. Mas o termo que cunhou acabou dando nome a algo muito maior que sua experiência pessoal: um movimento que muitos jovens abraçaram e que virou assunto até na série da Netflix.

E aí, já conhecia o movimento ‘Sober Curios’?

 

 

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Comportamento
O que ‘Sober Curios’, citado em Emily em Paris, diz sobre a nossa galera
O Movimento 'Sober Curios' ganhou muitos seguidores jovens, que buscam uma relação mais saudável com o álcool

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