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O debate geracional em torno de ‘Sex and The City’ nas redes sociais

Com a chegada da série na Netflix, o público de diferentes idades dividem opiniões sobre os personagens e como assistir os episódios hoje

Por Juliana Morales Atualizado em 17 abr 2024, 23h44 - Publicado em 17 abr 2024, 18h26
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s seis temporadas de ‘Sex and The City’ chegaram à Netflix recentemente, alcançando um público ainda maior e mais jovem. A série transmitida entre 1998 e 2004 tem dividido opiniões dos mais jovens, que a assistem pela primeira vez, enquanto o público fiel que acompanhou Carrie e suas amigas por anos rebate muitas das críticas.

A Geração Z está sendo muito crítica em relação à série que é considerada um clássico dos anos 90? Ou os fãs mais antigos estão passando muito pano para os problemas dela? O debate geracional em torno de ‘Sex and The City’ aparece, mais uma vez, nas redes sociais e traz pontos interessantes a serem pensados.

Para quem ainda não assistiu a série, aqui vai um breve resumo sem spoilers. Ao longo dos episódios, acompanhamos Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker), uma colunista de jornal que escreve sobre sexo, e suas amigas Miranda Hobbes (Cynthia Nixon), Charlotte York (Kristin Davis) e Samantha Jones (Kim Cattrall) vivendo seus 30 e poucos anos em New York. Elas enfrentam os desafios de serem mulheres nessa fase da vida e todas suas questões amorosas e sexuais.

A integrante da Galera CAPRICHO, Emanuele Assereuy, de 17 anos, está maratonando a série pela segunda vez e gosta da forma dinâmica e divertida que as personagens abordam pautas importantes. “Todo episódio apresenta um tema diferente que percorrem a vida (sexual e pessoal) delas e mostra que mulheres podem ser sexualmente abertas e ativas sem o esteriótipos de serem consideradas ‘put*s'”, diz a jovem.

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No entanto, até quem é fã não pode ignorar falas problemáticas e preconceitos reforçados em várias cenas da série. Manu relembra do episódio que Carrie sai com um homem bissexual: “ela julga ele o tempo todo e faz perguntas homofóbicas, além da série retratar o ciclo de amizade de pessoas LGBTQIA+ de maneira MUITO estereotipada. É ridículo”, lamenta.

Outro ponto que incomoda a jovem é o quanto as personagens são problemáticas em certas questões. “A Carrie tem vício de fumar, adora relacionamentos tóxicos, tem problema no consumismo. Já a Charlotte é depende emocional de uma figura masculina, precisa da felicidade de outra pessoa para ser completa”, explica.

Carrie merece ser cancelada?

Carrie Bradshaw, protagonista que narra a história, influenciou muito com seus looks icônicos e continua sendo lembrada como uma das principais fashionistas da televisão. Zendaya, por exemplo, usou um look vintage com referência à personagem de Sarah Jessica Parker.

No entanto, o seu comportamento, principalmente nas relações amorosas, lhe rendeu críticas e ranço de parte do público que começou a conhecê-la agora. Um dos pontos mais falados é a paixão tóxica e obsessiva de Carrie pelo “Mr. Big”. Tem até uma brincadeira que diz que se a protagonista fosse à terapia, a série nem existiria.

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Por outro lado, fãs defendem que os defeitos da personagem mostram a realidade de uma pessoa imperfeita e que comete erros – como acontece na vida real – e não deve ser motivo de cancelamento. Muitas mulheres e garotas, inclusive, contam o quanto já estiveram no lugar de Carrie em uma relação ruim.

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Quando falamos no debate geracional, é importante não generalizar. Muitos jovens, como Emanuele, gostam da série, sim, apesar das problemáticas. Assim como existem fãs antigos que não passam pano para tudo que seus personagens queridos fazem.

Afinal, ‘Sex and the City’ levantou pautas sobre liberdade, sexo e prazer que não eram discutidas nos anos 90, como são hoje. E vale ter em mente que o mundo era bem diferente décadas atrás. “Quando a série foi lançada também aconteceu o embate com gerações anteriores, que não compreendiam ou aceitavam aqueles assuntos. Da mesma forma que agora a nossa geração [a Z] é muito mais aberta, liberal e consciente para as temáticas abordadas”, analisa Manu.

Apesar de compreender as diferenças, não dá para negar que vários episódios “envelheceram” mal, né? Não à toa, o próprio And Just Like That, revival de Sex and The City lançado em 2021, busca corrigir muitos dos erros e trazer outra mentalidade.

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E aí, o que você acha disso tudo?

 

 

 

 

 

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