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Novo jogo de Harry Potter permitirá a criação de personagens transgêneros

Se o avatar for do sexo biológico masculino, mas for classificado como "bruxa", o jogo vai entender que ele tem uma identidade feminina; saiba mais!

Por Isabella Otto Atualizado em 3 mar 2021, 11h05 - Publicado em 3 mar 2021, 11h04
colecao capricho sestini mochila bolsas
CAPRICHO/Sestini/Reprodução

O game Hogwarts Legacy, em produção pela Warner Bros. Interactive Entertainment e pela desenvolvedora Avalanche Software, com lançamento previsto para 2022, vai permitir que os usuários criem avatares transgêneros para jogar o RPG. As informações são de funcionários internos das companhias que preferiram não ser identificados.

Novo jogo de Harry Potter permitirá a criação de personagens transgêneros
Warner Bros. Interactive Entertainment/Divulgação

De acordo com essas fontes, será possível personalizar a voz do avatar, o corpo e o gênero dele, classificando-o como “bruxa” ou “mago”. Por exemplo, se o seu personagem for do sexo biológico masculino mas for classificado como “bruxa”, o jogo vai entender que a identidade da pessoa é feminina e colocá-la no dormitório feminino.

Ainda segundo as fontes, rolou uma tensão interna, porque enquanto alguns desenvolvedores lutavam por um game mais inclusivo e representativo, outra parte da equipe, principalmente aquela a frente da diretoria, queria ir na contramão, conforme relata o site Bloomberg.

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Faz uns três anos que JK Rowling começou a fazer escancaradamente declarações transfóbicas nas redes sociais, sempre tendo como base a questão do sexo biológico das pessoas, cuja visão hoje já é bastante questionada. Os comentários não foram bem recebidos por grande parte dos fãs nem por alguns integrantes do elenco, como a Emma Watson e o próprio Daniel Radcliffe, que se posicionaram contra a autora.

Se tudo o que é do universo mágico de Harry Potter passa pelo crivo de JK Rowling, seria a autora, na hora de ser feminista, seguidora da vertente radical, mas, na hora de ser capitalista, defensora do feminismo interseccional? Aí fica difícil, JK…

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