No começo desta semana, a Rede Globo divulgou o teaser da sua nova novela das 21h, Segundo Sol, que estreia dia 14 de maio. Ambientada na Bahia, a trama vai contar a história de um cantor de axé que está com a carreira em decadência e, depois de ser dado como morto em um acidente de avião no qual não embarcou, volta a fazer sucesso. Influenciado pelo irmão e pela namorada, ele mantém a mentira. Emílio Dantas (alô Rubinho), Deborah Secco, Giovanna Antonelli, Vladimir Brichta e Adriana Esteves (sds Carminha) darão vida aos personagens principais.
Com uma história que parece ótima, um elenco que a gente ama, ambientada em um dos lugares mais bonitos do Brasil… Então, por que essa novela está sendo criticada? Vamos refletir um pouco: dos cinco atores principais – que estrelarão o casal de mocinhos e um trio de vilões – nenhum deles é negro. Porém, como falamos agorinha, a novela se passa na Bahia, com personagens baianos, e lá 79,3% da população é negra, segundo dados da Síntese de Indicadores Sociais produzida pelo IBGE, em 2015.
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Depois de ver o teaser da novela, muitos internautas começaram a questionar a falta de representatividade no elenco. Nós sabemos que existem vários atores negros tão talentosos quanto os escalados para os papéis, mas, então, o que os impede de estrelarem a trama?
No Brasil, em 2016, 54,9% da população se declarou negra, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em um país onde mais da metade dos habitantes se identifica como negro, a representatividade é muito importante e deve estar em todos os lugares da sociedade, seja na política, na mídia ou no entretenimento.
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