Um novo artigo publicado na última sexta-feira (24/7) mostrou que a vacina da farmacêutica Moderna para o coronavírus deve ter sucesso contra uma das mutações mais comuns do vírus. Conhecida como D614G, ela foi identificada em mais de 70% dos casos da Sars-Cov-2 pelo mundo.
Essa alteração no vírus faz com que o número de spikes formados por proteínas S do coronavírus, que conectam o vírus às células humanas, aumentem. Felizmente, a mutação não deve dificultar o desenvolvimento das vacinas e deve até facilitá-lo! A maior quantidade de espinhos vai proporcionar mais espaço para os antígenos usados atuarem no combate ao vírus.
A pesquisa liderada pelo professor Drew Weissman, da Universidade da Pensilvânia, é uma pré-fase do estudo publicado no site Medrxiv.org, e ainda não foi revisado por outros profissionais. “Essa não é uma mutação de escape que impediria as vacinas atuais”, disseram os pesquisadores no artigo do The South China Morning Post.
Para estudar os resultados de uma vacina no vírus com mutação, testes foram realizados em ratos, macacos e humanos. Primeiro, alguns deles receberam um soro com anticorpos. Depois, os cientistas usaram um vírus alterado contendo a proteína S, presente nos spikes. O estudo concluiu que o vírus teve mais dificuldade de se acoplar às células daqueles que receberam o soro com os anticorpos, o que indica que a vacina deve ter êxito também com a mutação D614G.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 24 vacinas estão na fase clínica de testes pelo mundo. No momento, três delas estão na terceira fase: a da Moderna, a desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a AtraZeneca e a da empresa chinesa Sinovac Biontech. Nesta segunda-feira (27), a Pfizer anunciou que tende a começar os testes em breve, e eles também devem acontecer no Brasil.
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