A jovem Fabrícia Barbosa de Souza, de 25 anos, moradora de Sete Lagoas, em Minas Gerais, passou o feriado em São Paulo e visitou a casa noturna Bofetada com o intuito de curtir com os amigos. Mas o que era para ser uma noite divertida, se transformou em um caso de polícia.
A mineira foi acusada de ter roubado um celular por um homem que estava na festa, que usou um argumento racista para justificar sua acusação: a cor de pele de Fabrícia. “Olha para a cara dela, ela roubou meu celular”, foi o que a moça ouviu. Segundo relato dela para a polícia, o homem em questão continuou gritando com ela mesmo depois de ela ter afirmado que não tinha feito nada. “Ele estava muito agressivo. Ele tentou me coagir na parede, enquanto isso, um rapaz desconhecido tentava intervir sem deixar que ele encostasse em mim”, disse em entrevista ao G1.
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Fabrícia também revelou que os seguranças da boate disseram para ela que não era necessário ligar para a polícia. “O cara continuou falando que eu roubei enquanto estava perto dos seguranças, e eles [os seguranças] conversavam normalmente como se nada tivesse acontecido”, disse. No boletim de ocorrência aberto na manhã desta terça-feira, 16, consta a seguinte informação: “Em nota nas redes sociais, a boate informou que acompanhou o acusador até o carro para evitar que ele fosse linchado. Em momento algum eu tentei agredir ele, muito pelo contrário. Eu fui a vítima“.
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A casa Bofetada Club segue dizendo que prestou todo apoio à frequentadora e que jamais compactuará com qualquer tipo de discriminação. Até mesmo uma pintura de Marielle Franco que tem no local foi usada para justificar o posicionamento da balada, tido como vergonhoso pela maioria dos seguidores da conta do estabelecimento no Instagram.