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Mudanças climáticas devem levar ursos polares à extinção até 2100

Estudo realizado por cientistas da Universidade de Toronto alertam para a queda da reprodução e sobrevivência da espécie

Por Gabriela Junqueira Atualizado em 21 jul 2020, 21h23 - Publicado em 21 jul 2020, 16h11

Um estudo publicado na última segunda-feira (20/7), na revista científica Nature Climate Change, afirma que, se o aquecimento global não for freado, os ursos polares devem ser extintos do planeta em questão de anos. “A queda da reprodução e sobrevivência colocará em risco a permanência de quase todas as subpopulações [do animal] até 2100. (…) Isso aconteceria porque o derretimento das calotas polares influencia na disponibilidade de alimento”, explicam os cientistas. Para realizar a pesquisa, foram analisadas 13 das 19 subpopulações de ursos populares existentes.

Não tem para onde correr? Tem, sim. Mas é preciso agir depressa. O limite da Terra está sendo alcançado cada ano mais cedo Paul Souders/Getty Images

As mudanças climáticas causam consequências mais imediatas para os animais que habitam os polos do planeta. O derretimento das camadas de gelo, provocados pelo aquecimento global, interfere no tempo que os animais têm para caçar, além de diminuir a presença de focas, principal alimento dessas espécies.

Com menos alimentos disponíveis, os ursos polares tendem a ficar desnutridos, o que diminui a chance de sobrevivência deles. O estudo, realizado pela equipe do cientista Péter Molnár, da Universidade de Toronto, no Canadá, analisou o peso máximo e mínimo dos animais, de acordo com sua subdivisão, para enfrentar o inverno no Ártico. “Combinamos os limites de tempo que os animais podem jejuar com os dias sem gelo”, disseram os cientistas. O resultado não foi nada promissor. 

 

A pesquisa também avaliou o histórico de aumento e redução de ursos nos últimos séculos, e o comportamento desses animais. De acordo com o Péter, ursos polares da região de Hudson Bay, pesando 20% a menos que o normal, conseguiriam sobreviver 125 dias, menos de 75 do que se estivessem com um peso saudável.

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Segundo as projeções do estudo científico, a temperatura ambiental deve subir em 3,5ºC em comparação com a fase pré-industrial. Para os pesquisadores, se a situação melhorasse, a extinção seria adiada – mas dificilmente evitada.

E há quem ainda acredite que as mudanças climáticas são pura lenda…

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