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‘Me apaixonei por um fantasma’: o relato de um ghosting que virou música

A cantora Ana Laura Lopes contou como uma paixão muito legal virou "assombração"

Por Juliana Morales 1 set 2024, 13h00
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m dia ele fala que nunca sentiu nada assim por ninguém e, no outro, desaparece. Essa frase faz um belo resumo do ghosting vivido pela mineira Ana Laura Lopes no começo deste ano. A cantora de 22 anos foi mais uma vítima dessa situação, infelizmente, muito comum e que causa sofrimento. Mas, ao compartilhar sua experiência com outras pessoas, ela achou a maneira de fazer dessa decepção bem azeda uma ótima limonada.

Em papo com a CAPRICHO, Ana relembra que o cara que deu o ghosting chegou na sua vida de uma forma muito repentina. Eles se deram muito bem logo de cara e não demorou para ela se apaixonar. “Ele era muito carinhoso, levava café na manhã, andava de mãos dadas, fazia planos e me falava dos lugares que ia me levar para conhecer”, conta do apartamento em Curitiba, onde se mudou recentemente para investir na sua carreira de cantora.

Hoje, analisando a situação mais distante, ela percebe que o comportamento do garoto também se configura com outro termo bem semelhante ao ghosting, que é o ‘love bombing’. Como a tradução sugere, trata-se de “bombardeio de amor”, ou seja, quando alguém dá uma dose enorme de atenção e carinho no começo, mas depois cansa. “A pessoa chega, te promete um milhão de coisas, fala que nunca sentiu nada assim, é algo bem exagerado”, explica.

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No caso da Ana, esse comportamento durou cerca de um mês. “Mas foi um período muito intenso, em que a gente se via muito”, conta. “E aí eu acabei entrando na onda, a gente tinha muita coisa em comum, até que ele, simplesmente, parou de me responder no WhatsApp e desapareceu depois de fazer tudo”, completa.

Como acontece com a maioria das vítimas, a cantora ficou sem entender e passou até a se questionar sobre a relação. “Eu ficava buscando na minha memória motivos, tentando entender o que tinha acontecido para esse cara desaparecer assim se estava tudo tão lindo e ele tinha falado várias vezes que estava gostando cada vez mais de mim”, relembra.

Ele não dava nenhum sinal de que ia sumir. Eu já revi essa história várias vezes, mas ele era muito príncipe na época que estávamos juntos.

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Outro fato que pode surpreender nessa história é que não se tratava de um cara completamente estranho. Na verdade, ele e Ana Laura tinham se conhecido muito tempo atrás por meio da música, já que ambos são desse ramo e tinham alguns amigos em comum. “A gente sempre conversou, mas eu nunca tinha imaginado que acabaríamos ficando, mas aí nos aproximamos muito neste ano e acabou acontecendo”, esclarece.

E, para ela, isso é o mais estranho. “Antes da gente começar a ficar, éramos amigos, então ele não me deu um ghosting não só como ficante, mas como um amigo também – isso é bem chato”, lamenta. Ela pontua ainda que essas histórias mal resolvidas, às vezes, são piores do que as vividas, já que tendemos a ficar imaginando o que poderia ter acontecido (mas não aconteceu).

Como superar um ghosting?

Após tentar elencar motivos para explicar o sumiço do garoto, Ana conclui que não havia uma explicação plausível. “Está tudo bem, o cara sumiu e é isso. A consciência dele que pese, porque o que importa é que eu fui minha melhor versão para ele”, fala de como caiu sua ficha após perceber que não tinha culpa de nada.

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Depois de dois meses, o garoto apareceu, mandando mensagens aleatórias, na tentativa de começar uma conversa. No começo, ela até respondeu, mesmo sabendo que ele “estava brincando com sua cabeça”, mas viu que aquilo não ia funcionar. “Eu só fiquei 100% bem e esquecê-lo mesmo quando eu parei de responder de vez. Aí entendi que o problema estava nele não em mim”, conta.

Como compositora e cantora, só restou à Ana transformar a história em um música. “Eu já tinha escutado muitas histórias parecidas e sabia que muita gente ia se identificar com esse tema. E, no fim, foi um tiro muito certeiro mesmo”, fala da elaboração de ‘Fantasma’, que ficou recentemente no TOP 10 de músicas virais do Spotify.

Em paralelo, uma coisa muito bizarra aconteceu e também ajudou na escrita da canção:

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“A minha campainha começou a tocar quatro horas da manhã e  eu sempre assustava muito. Pedi então que o dono do Airbnb em que eu estava hospedada na época conferisse as câmeras nesse horário, mas não tinha nada. Aí comecei a brincar que eu estava sendo assombrada por um fantasma mesmo”, conta com bom humor.

Mas e você aí? Já deu ghosting em alguém? Ou pior: já levou ghosting de alguém? Mande sua historia para capricho@abril.com.br. Seu anonimato será garantido! 

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