Na tarde da última quarta-feira, 26, Bruna Andressa Borges, de 19 anos, se suicidou durante uma Live no Instagram que estava sendo vista por quase 300 pessoas, segundo o portal G1. Tudo aconteceu na casa onde a jovem morava em Rio Branco, no Acre. Antes de começar a transmissão, ela postou a seguinte pergunta em seu Facebook: “Já viram alguém morrer ao vivo?“.
Também na rede social, a estudante, que cursava Ciências Sociais na Universidade Federal do Acre, publicou coisas que davam a entender que ela estava passando por um momento bastante delicado. “Quando era criança, achei que teria o mundo aos meus pés. Hoje, vejo o quão insignificante eu sou. Tudo dói, palavras doem, sentimentos doem(…) Já fui abandonada e julgada pela pessoa que achei que seria minha melhor amiga. A pessoa que amei me humilhou e riu da minha cara, me chamou de ridícula. Talvez eu seja, mas não pretendo continuar perguntando para saber”, escreveu no Facebook.
Preocupados, alguns amigos que viram a postagem de Bruna ligaram para o Corpo de Bombeiros e passaram o endereço da jovem. Contudo, era o da residência em que a garota morava antes de se mudar. Ninguém sabia. Quando o socorro chegou, já era tarde demais. “Eu quero viver, mas quero ser livre e feliz. Porém, parece que não dá para ser feliz tendo que agradar a todos e a si mesma(…) A vida é uma merda e as pessoas a deixam pior ainda”, publicou a jovem no Facebook antes de começar a Live.
Casos do tipo, infelizmente, estão se tornando cada vez mais frequentes. Em dezembro do ano passado, a americana Katelyn Nicole Davis, de 12 anos, planejou a própria morte e a transmitiu em uma Live no Facebook. Mais uma vez, os padrões de beleza impostos pela sociedade foram citados antes da tragédia: “Perdão por não ser tão bonita, perdão por entrar e sair tão rapidamente da vida de vocês, perdão por não ser boa o suficiente, perdão por parecer uma prostituta. Eu sinto muito”, falou a jovem.
A depressão é, muitas vezes, o drama por trás dessas pessoas que cometem suicídio – o último respiro diante de uma vida sufocante. É preciso levar a doença a sério. Pacientes com depressão não se sentem motivados a procurarem ajuda por livre e espontânea vontade, e muitas vezes a doença é romantizada na adolescência.
Sente que está precisando de ajuda? Não tenha medo de se abrir para seus pais e amigos. Além disso, o Centro de Valorização da Vida tem um suporte 24h que atende pessoas que estão, simplesmente, precisando conversar. O mais importante é que você se lembre sempre de que não está sozinha e não precisa enfrentar tudo por conta própria. Seja você Bruna, Katelyn, Maria, Giovana, Hannah…