Giovanna Robatini conquistou o TikTok mostrando como é viver no circo
Além de exibir seu talento com muitos bambolês, a jovem de 19 anos usa a internet para difundir a arte circense e acabar com preconceitos
Se você não vai ao circo, o circo vai até você (ou melhor, até a sua for you). Giovanna Robatini, 19 anos, é a sétima geração de uma das mais tradicionais famílias circences do Brasil. Durante a pandemia, quando o Circo Encantado precisou fechar as cortinas, ela começou a mostrar na internet a rotina de quem mora e trabalha entre as lonas. Hoje a garota, que consegue equilibrar 50 bambolês de uma vez, conquistou quase 5 milhões de seguidores só no TikTok.
“Meu objetivo é levar o circo cada vez mais longe porque é uma arte muito legal e que merece ser mais valorizada”, contou durante um papo com a CAPRICHO.
Filha de uma mãe ilusionista e uma pai palhaço, a garota chegou a ser palhacinha, tentou fazer o número de força capilar (aquele em que o artista fica preso só pelo cabelo), mas se encontrou mesmo na arte dos bambolês aos seis anos, após assistir uma apresentação do Cirque du Soleil. Depois de dois anos treinando, quando ela tinha 8 de idade, fez sua estreia. De lá pra cá, não parou de treinar para subir no picadeiro e se superar.
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Qual é sua maior motivação? “A parte mais legal é ver a reação das pessoas. Eu gosto até quando estou nos bastidores de observar e ver a carinha de cada um na plateia”, responde Giovanna.
Temos muito que aprender sobre e com o circo
O retorno do público na internet também é muito bacana. Mas, ao longo dessa missão de difundir a arte circense, a jovem precisou (e ainda precisa) lidar com alguns esteriótipos e até preconceitos relacionados ao seu modo de viver. “Fiquei surpresa quando eu comecei a produzir conteúdo e percebi que as pessoas achavam que eu não estudava, só por ser do circo”, recorda.
Giovanna e sua família viajam se apresentando por todos estados do país. Ela conta que eles ficam em média um mês em cada cidade em que eles param. A educação das crianças e adolescentes acompanham esse movimento: eles estudam esse curto período de tempo em escolas da região em que o circo está hospedado no momento. A vida nômade, segundo a jovem, tem seu lado legal e outro nem tanto.
“A parte mais difícil é não ter uma rotina fixa e lidar com a saudade dos amigos que vou fazendo por onde eu passo”, conta. “Mas agora com a internet dá para manter o contato e ajuda bastante”, completa.
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Mesmo com algumas perguntas peculiares e outras até “sem noção”, Giovanna viu a oportunidade de ensinar e apresentar a vida circense aos seus seguidores. E a melhor maneira que encontrou para fazer isso é com humor. “Nosso ofício ensina ter esse jogo de cintura, saber improvisar e trabalhar em equipe”, conta. E, assim, a garota vem atraindo outros jovens, como ela, a prestigiarem a arte familiar e divertida que é o circo.
Viva o circo!