No último sábado, 7, rolou a final da segunda etapa do Campeonato Brasileiro de League of Legends, o CBLoL, na Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro. Com ingressos esgotados, a festa foi linda com a arena lotada de homens e mulheres que amam e vibram pelo LoL – mas, por enquanto, só os homens estavam no palco. A CAPRICHO esteve presente na decisão da competição e conversou sobre o assunto com a Juliana Alonso, de 19 anos, uma das fundadoras de uma iniciativa que tem como objetivo levar mais mulheres para times de League of Legends no Brasil.
Desde que ganhou o primeiro notebook e conseguiu instalar o League of Legends, aos 12 anos, Juliana se apaixonou pelo jogo. “Você sempre tem uma nova experiência, mesmo que você jogue 50 vezes com o mesmo campeão. Ele nunca se torna algo repetitivo, então eu acho muito interessante você entrar para jogar tendo a certeza do que você quer fazer, mas sem a certeza de como o time inimigo vai reagir”, conta ela, em entrevista à CH.
Na época, contudo, a paixão que Juliana tinha pelo jogo não era tão bem aceita pelos pais dela, que davam o limite de apenas uma partida por dia. “Eu queria estar lá em cima do palco agora, mas como eu ia virar Pro Player jogando uma partida por dia? Como eu ia explicar para os meus pais que eu queria me dedicar a jogar?”, lembra. Para ela, as coisas teriam sido muito diferentes se ela fosse homem. “Eu vejo uma clara diferença porque meu irmão tem 8 anos e ele pode passar o dia inteiro jogando no tablet, por exemplo. Se fosse eu, na minha época de computador, podia ter aprendido e podia estar jogando lá em cima hoje. Por que não tem nenhuma mulher lá em cima?“, questiona ela.
Foi exatamente por essa falta de mulheres em competições de League of Legends que Juliana se juntou à Thais e as duas criaram o Projeto Sakura. Trata-se de uma iniciativa que consiste basicamente em criar campeonatos femininos, disponibilizar conteúdos e divulgar streams de mulheres que jogam LoL. Em março deste ano, o projeto firmou uma parceria com a INTZ e surgiu também o projeto Invocadoras. “Foi uma competição que eles fizeram com vários times de LoL. A gente conseguiu 41 times femininos para jogar, só de mulheres. Só permitíamos homem como coach. Foram 280 mulheres em um dia, foi uma coisa incrível que a gente nunca imaginou“, diz Juliana.
Para Juliana, ver mulheres em competições de LoL e estar em cima de um palco jogando um dia não são os únicos sonhos. Há dois meses, ela decidiu unir duas coisas que gosta e começou a fazer artes de League of Legends para vender. Um dos motivos por trás dessa outra iniciativa é que ela pretende juntar dinheiro para casar com Victor Hugo, o namorado que ela conheceu por conta do jogo. “A gente faz aniversário dia 27 de outubro, que é o mesmo dia do aniversário do LoL. Eu não sei como isso aconteceu, mas aconteceu. Então, a nossa história está muito ligada com a história do LoL de alguma forma porque a gente viveu muito aquilo junto (…) O jogo tem um significado além pra gente“, conta. Confira algumas artes da Ju:
Para saber mais sobre o projeto, acesse a página dele no Twitter. Vamos apoiar as meninas! <3