A goleira Alba Aragón, de 19 anos, do time CAP Ciudad de Murcia, da Espanha, saiu de um exame ginecológico de rotina com o diagnóstico da “doença homossexual”.
A jovem contou para o médico sua orientação sexual, pois achou que poderia ser relevante para os exames. “O que eu não esperava é que aparecesse no relatório literalmente como uma doença”, lamentou ao jornal El Español.
STOP LGTBIFOBIA |
🏳️🌈 Desde el @CiudadDeMurcia queremos denunciar públicamente la denigrante discriminación sufrida por nuestra portera Alba en el Hospital Reina Sofía.
Exigimos que se depuren responsabilidades y apoyamos incondicionalmente a la jugadora en su valiente denuncia. pic.twitter.com/7VxNd4oBzP
— CAP Ciudad de Murcia (@CiudadDeMurcia) October 6, 2021
Alba, que se entende como mulher lésbica desde os 15 anos de idade, voltou ao Hospital Reina Sofía, onde os exames e a consulta foram realizados, assim que olhou sua ficha. Juan José Pedreño, ministro da Saúde, alegou “erro de computador”, mas a jovem e sua família descobriram que várias denúncias do tipo já haviam sido feitas contra o médico que lhe atendeu. “Lamentamos profundamente o erro cometido ao coletar os dados no relatório clínico do ginecologista que tratou a paciente”, foi emitido em nota.
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A mãe da esportista, contudo, garante que a espanhola pretende prestar uma queixa formal contra o médico ginecologista e o Serviço de Saúde. A Organização Mundial de Saúde excluiu a homossexualidade da lista de doenças mentais (apenas) em 17 de maio de 1990. A atitude do especialista, além de carregada de preconceito, mostra um enorme despreparo profissional de sua parte.