Com 11 anos, Omaima Hoshan saiu de seu país de origem, Síria, e passou a viver em um campo de refugiados na Jordânia. Foi lá que ela começou a perceber que a maioria de suas amigas, quando completavam 12 ou 13 anos, se despediam de todos, pois iriam se casar e abandonar a escola.
A adolescente decidiu fazer algo quando sua melhor amiga lhe contou que se casaria com um homem mais velho ao completar 14 anos. E, desde então, Omaima nunca mais a viu. Inspirada em Malala, ela decidiu que poderia ajudar a conscientizar as pessoas sobre os problemas do casamento infantil.
“Eu podia ver a dor das meninas que iriam se casar (…) Seus corpos não estão prontos para o parto e, emocionalmente, elas não estão prontas para serem esposas e mães”, disse Omaima em entrevista ao Mashable.
Ela passou a explicar sobre o assunto para os amigos e para os pais de outras meninas. Ela também organizou aulas de desenho, canto e teatro para conversar melhor sobre o problema através da arte.
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Omaima conseguiu o apoio da Agência da ONU para Refugiados, que oferece terapia de casal para aqueles que tentam forçar o casamento infantil – além de palestras sobre os riscos de gravidez na adolescência.
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“Quando eu vejo meninas tão jovens se casando, eu fico assustada. Elas têm o seu futuro perdido e destruído e isso é algo que eu não posso aceitar”, diz Omaima em vídeo da Agência da ONU para Refugiados
O casamento infantil ainda é muito comum em diversos países. Na Síria, por exemplo, em 2011 aproximadamente 13% de todos os casamentos envolviam um menor de idade.
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