Uma nova imagem de Júpiter, capturada em agosto pelo telescópio Hubble, da NASA, foi divulgada nesta semana. Um dos pontos que recebeu atenção na imagem foi uma tempestade branca e brilhante, se movendo a mais de 560 quilômetros por hora, que aparece nas latitudes médio-norte do planeta.
Apesar de tempestades desse tipo serem comuns em Júpiter, essa parece ter causado maior curiosidade nos cientistas. Por trás da pluma que forma a tempestade, há outros pontos girando no sentido anti-horário. Os pesquisadores se questionam se, no futuro, essa tempestade poderá concorrer com a Grande Mancha Vermelha, uma tempestade maior que a Terra!
A Grande Mancha Vermelha, que atinge a velocidade de 482 Km/h e tem mais de 15 mil Km de diâmetro, é objeto de curiosidade há séculos. A tempestade gira no sentido anti-horário, sendo um anticiclone, e tem a capacidade até de destruir outras tempestades que entram no seu caminho. Imagens de telescópio indicam que a tempestade está reduzindo de tamanho desde 1930, mas ninguém ainda sabe o motivo.
Outra mudança foi notada na Oval BA, ou Mancha Vermelha Junior, tempestade que fica logo abaixo da Grande Mancha Vermelha. Nos últimos anos a coloração da tempestade foi mudando do tom avermelhado para branco, mas a imagem mais recente do planeta indica que agora a Oval BA está voltando a escurecer, mostrando que talvez ela volte a ter a cor de antes.
Europa, uma das luas de Júpiter, também apareceu na nova imagem feita pelo Hubble. Acredita-se que exista um oceano congelado na superfície dessa Lua, o que a torna um destino interessante. Inclusive, uma missão da Agência Espacial Européia (ESA) planeja visitar Júpiter e três de suas luas, incluindo a Europa, em 2022.