Em relação a 2018, houve um aumento de 7% no número de feminicídios no Brasil em 2019, segundo levantamento do “Monitor da Violência”, do portal G1. O estudo mostra que, apesar dos casos de homicídio de mulheres terem diminuído no último ano, os crimes de ódio contra pessoas do sexo feminino motivados pelo gênero cresceram.
Desde que a Lei do Feminicídio foi criada, em 2015, essa foi a primeira vez em que a taxa do crime ficou tão elevada. Acre e Alagoas são atualmente os estados mais perigosos para ser mulher, com 2,5 feminicídios a cada 100 mil mulheres.
Para muitos especialistas, a justificativa para o aumento, contudo, é positiva: com a aprovação da lei, mais pessoas começaram a prestar denúncias e mais casos passaram a ser classificados como crimes de ódio contra mulheres, não simplesmente como homicídios, que nem sempre é motivado por questões de gênero.
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas pra os Direitos Humanos, o Brasil ocupa a 5ª posição no ranking mundial de crimes de ódio contra mulheres, ficando atrás somente de países como El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia.