Sentir-se representada em um filme de ficção, um desenho animado, uma liga de heróis, um comercial de televisão ou uma capa de revista faz uma diferença significativa na vida de uma garota, principalmente quando ela ainda se sente insegura em relação a própria aparência. Foi por isso que Crystal Procknow, artista norte-americana conhecida na internet como Neoqlassical, começou a recriar personagens femininas famosas mundialmente, em representações plus size.
Em entrevista à CH, Crystal admite que nunca encontrou uma protagonista que a representasse. “É claro que já houve partes de personagens que me fizeram lembrar de mim, como Ellie, de Up, pela personalidade sábia. Mas, quanto a personalidade e aparência física, eu não consigo pensar em nenhuma“, diz. Ela conta que teve a ideia das representações há algum tempo, mas foi só no começo deste ano que sobrou um tempo livre para colocar em prática.
Crystal escolheu “Neoqlassical” como assinatura por ser apaixonada pelo Neoclássico, período de arte, arquitetura e moda do século 18. Apesar disso, ela também gosta do apelido Human Cupcake. “Eu sou fofinha e tenho uma reputação de ser muito doce, como um cupcake“, brinca.
Por enquanto, ela fez mais desenhos que os seguidores costumam pedir, mas a maioria é de personagens ou pessoas que Crystal admira. “Eu tenho uma afinidade especial pela Bela, de Bela e a Fera. A paixão dela pela leitura e o compromisso de defender o que é certo mesmo quando é difícil ou perigoso foi uma inspiração pessoal quando eu era mais nova“, afirma.
Entre as protagonistas recriadas pela artista estão as Princesas da Disney, Luna Lovegood e Hermione Granger de Harry Potter, Princesa Leia de Star Wars, Lady Gaga, entre outras.
Crystal também conta que as pessoas costumam reagir de forma positiva aos desenhos que ela publica nas suas redes sociais. “Mas em outras plataformas, como os comentários em artigos que escrevem sobre mim, as pessoas são bem menos gentis. É o esperado, eu suponho”, diz.
Para a artista, ter representações plus size e a influência do body positivity é fundamental para as meninas mais jovens. “É tão importante para as meninas e pessoas em geral reconhecer que o formato, cor ou capacidade do corpo não define você. O que te define são as ações, atitudes e pensamentos… É como você trata outras pessoas“, afirma.
Crystal diz que espera ver mais representatividade de pessoas na mídia sendo não convencionais de forma que muitas pessoas reais são, especialmente para os jovens, já que eles tendem a idolatrar o que assistem. “Imagine em que mundo diferente viveríamos se todas as pessoas boas tivessem total confiança e/ou indiferença em relação a aparência física. Imagine um mundo onde ninguém diria ‘eu não posso’ só porque eles acham que são muito feios, muito gordos, muito velhos, muito fracos“, diz.
Ela afirma que espera ser ao menos um motivo de encorajamento para que alguém siga um sonho ou objetivo. “Há tantas pessoas que poderiam estar fazendo tanta coisa, mas as vozes feias na cabeça delas as seguram e as mantém sentadas em frente a televisão“, opina.
Para as leitoras da CH, a Crystal deixa uma mensagem importante: pense por si mesma. “Pode parecer clichê, mas é essencial considerar seus motivos em todas as coisas. Mantenha o hábito da curiosidade, se perguntando ‘Por que eu estou fazendo isso? Por que eu penso desse jeito? Por que as pessoas são como elas são?‘. Eu sinto que a curiosidade é a chave para o empoderamento“, diz.
Além disso, ela destaca que é importante não ser dura consigo mesma ou com as outras pessoas. “Perdoe e viva com um coração leve. E saiba que o que dizem é verdade; que um dia você irá se arrepender mais do que você não fez do que aquilo que você fez. Então faça”, conclui.
Representatividade não apenas importa, como também é linda de ver. Visite o Instagram da Crystal para conferir outras artes e prestigie esse trabalho incrível e inspirador que ela faz diariamente. #GRLPower
Horóscopo do Dia: A previsão dos signos para esta quarta-feira (11/09)
Normani, Heather Morris e Simone Biles dançam Fifth Harmony
Bel para Meninas: entenda o caso e o porquê da remoção de vídeos do canal
