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Entenda o que significa o Conselho aprovar aulas remotas até o fim de 2021

Além da flexibilização das aulas, fala-se sobre a criação de um ano letivo extra para alunos do 3º ano do ensino médio

Por Gabriela Junqueira 8 out 2020, 13h01
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Divulgação/CAPRICHO

Na última terça-feira, 6, o Conselho Nacional de Educação aprovou o ensino remoto até o fim de 2021. O texto, que ainda precisa ser homologado pelo Ministério da Educação, vale para as instituições de todo o país e inclui desde a educação básica até o ensino superior, tanto de instituições públicas quanto particulares.

O Conselho Nacional de Educação aprovou texto que permite aulas remotas continuem até o fim de 2021 Mladen Sladojevic/Getty Images

Após aprovado, as escolas e redes poderão decidir se vão adotar as medidas, já que as diretrizes não são obrigatórias. A flexibilização vai permitir que escolas e universidades repensem as aulas e até o currículo disciplinar, para que possam seguir à distância durante o próximo ano. “É muito mais fácil voltar o presencial no ano que vem, mas a pandemia não vai acabar agora, vamos ter que conviver com ela e planejar um ano diferente”, disse Cecília Motta, Presidente Nacional do Conselho Nacional de Secretários de Educação, para o jornal Folha de S. Paulo.

Outro ponto que a proposta traz é a possibilidade de junção deste ano letivo com o de 2021, para municípios e estados a fim de “evitar o aumento da reprovação ao final do ano letivo de 2020”. Na prática, seria criado um modelo curricular de dois anos para a educação básica.

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Em São Paulo, Rossieli Soares, Secretário da Educação, afirmou também na última terça que o estado deve adotar esse modelo e que a ideia é criar um ciclo único com 8 bimestres, para ajudar os alunos que não conseguiram aprender durante a pandemia.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o documento também orienta as escolas a não darem falta para os alunos durante o período de pandemia. A criação de um ano letivo extra para alunos do 3º ano do ensino médio também aparece na proposta que precisa ser homologada pelo MEC.

Colégio Santa Maria, em São Paulo, fez uma reforma para se adequar às medidas de segurança contra a COVID-19 Miguel Schincariol/Getty Images

Na quarta-feira, 7, primeiro dia da retomada de atividades presenciais nas escolas do estado de São Paulo, 80% dos colégios privados retornaram na capital enquanto apenas um municipal – de quatro mil – abriu as portas. Com mais de 40% dos alunos de escola pública sem acesso à internet, segundo pesquisa TIC Educação 2019, o cenário deve aumentar ainda mais o abismo de desigualdades que existe dentro da educação brasileira no mundo pós-coronavírus.

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