No último domingo, 11, houve uma grande repercussão do caso de Iverson de Souza Araújo, conhecido como DJ Ivis, após serem divulgadas imagens fortes de uma câmera de segurança do homem agredindo a ex-esposa, Pamella Holanda, de 27 anos. De acordo com a coluna Léo Dias, Iverson, de 29 anos, agrediu a mulher no dia 1º de julho, no dia seguinte repetiu a agressão, ameaçou-a com uma faca e quebrou seu celular.
Pamella divulgou as imagens dos hematomas e vídeos das câmeras para fundamentar a denúncia. Nas cenas é possível ver que quando as agressões começaram, Mel, filha do casal que tem 9 meses, estava no carrinho do lado de Pamella e da avó, mãe da mulher. Iverson ataca a mulher com socos, empurrões chutes, a empurra contra o sofá e, quando ela tenta reagir, a joga no chão. Um outro homem, um suposto amigo, também aparece na imagens e só observa a situação.
Após a publicação dos vídeos, DJ Ivis, ganhou mais de 100 mil seguidores nas redes sociais. O aumento do número de seguidores causou revolta, e com razão, em muitos internautas. Apesar de alguns justificarem que seguiram o homem por curiosidade, o músico não deveria receber nenhum tipo de visibilidade e atenção nas redes, mas sim responder legalmente aos atos de violência que cometeu.
Sobre uma pessoa que levanta a mão pra outra estar com quase 1M de seguidores do dia pra noite nem existem comentários que expliquem a seletividade do nosso povo d colocar na balança o certo e o abominável, só muito estudo mesmo pra entender a cabeça das pessoas nas redes sociais
— Ana Clara 🌶 (@anaclaraac) July 12, 2021
“Eu me calei por muito tempo! Eu sofria com minha filha, sem apoio até dos que diziam estar ali pra ajudar, que eram coniventes e presenciavam tudo calados sem interferir com a desculpa que eu tinha que aguentar calada porque era o ‘jeito dele’, era esse o ‘temperamento dele’ e que se eu quisesse viver com ele, teria que me sujeitar e ser submissa. Não se calem!!! Não se calem jamais!”, escreveu a vítima em uma série de denúncias que publicou nos stories de seu Instagram.
“A primeira vez que ele me bateu foi quando eu estava grávida. Ele é extremamente explosivo e agressivo. É um cara que não tem paciência com nada e explode com tudo (…) Me batia dentro de casa, me deixava sem dinheiro, cartão e comida. Barrava até a farmácia na portaria,” disse Pamella para a coluna de Léo Dias, no Metrópoles.
Ivis está movendo um processo de calúnia contra Pamella, dizendo que ela “comunicou a imprensa fatos mentirosos relativos à violência doméstica veiculada em site na internet prejudicial a sua reputação”. O advogado do músico também entrou com um pedido para que fosse removido o conteúdo em que ele agride a ex-esposa e que Pamella fosse proibida de comentar na imprensa o caso “principalmente onde citem a filha menor”, ambos negados neste domingo, 11, pela juíza Maria José Sousa Rosado de Alencar.
O DJ também se pronunciou divulgando uma nota nas redes sociais. “Infelizmente não temos vivido uma relação saudável há algum tempo e já faz uma semana que estamos separados de fato. Estamos tentando de todas as maneiras que tudo isso tenha uma solução. Temos uma filha que não precisa viver no meio de conflitos. Desde a separação, semanalmente, envio um valor para as despesas, já deixei pago pediatra e vacinas da nossa filha”, disse.
Em uma série de vídeos publicados, o músico confirma as agressões e tenta justificar dizendo que vinha sendo ameaçado. “Sempre tentei fazer de tudo para que isso não chegasse ao extremo. E, como eu disse, tenho como provar tudo, nada vai justificar a reação que eu tive, mas não aguentava mais ameaças”.
Em alguns casos, como nesse, os homens tentam se livrar dos atos que cometeram, julgando quem os sofreu, mas a culpa nunca é da vítima. Para relatar um caso de violência doméstica, basta ligar 180, na Central de Atendimento à Mulher, e fazer uma denúncia anônima. Também é possível denunciar a qualquer hora por e-mail (ligue180@mdh.gov.br).
