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10 dicas de segurança pra deixar seu celular e seus dados mais protegidos

Evitar usar o celular na rua é o primeiro passo, mas como isso é hoje praticamente impossível em alguns casos, preparamos este Manual da Segurança de Dados

Por Isabella Otto Atualizado em 31 Maio 2022, 15h48 - Publicado em 27 Maio 2022, 12h15

Se você mora em São Paulo, talvez tenha se deparado com notícias relacionadas a roubos de celulares na Avenida Paulista, que aumentaram bastante. Por causa disso, muitas pessoas têm evitado utilizar a função Pix na região central da cidade, porque é justamente quando os aparelhos estão desbloqueados que as quadrilhas preferem agir. Afinal, os dados estão lá escancarados!

Mas essa preocupação é nacional. Segundo levantamento da Mobile Time/Opinion Box, consultoria em telecomunicações, mais da metade dos brasileiros já teve o celular roubado ou furtado pelo menos uma vez na vida. Um estudo da FGV também aponta que cerca de 63 celulares são roubados por hora nas principais capitais do país. 9 em cada 10 casos são de furto simples, ou seja, quando não há abordagem violenta ou ameaça à vida. Tipo quando furtam seu celular no show ou no transporte público sem você perceber, sabe?

Mulher tendo o celular furtado de dentro da bolsa no metrô
Aparelhos com sistema operacional Android são os mais furtados no Brasil jacoblund/Getty Images

Em 2022, a Virada Cultural retorna para a agenda de eventos de São Paulo. Ela acontece neste final de semana (28 e 29) em vários pontos da cidade, e a expectativa é de que 2 milhões de pessoas se reúnam para ver as mais de 300 atrações. Já viu, né? Um prato cheio para os ladrões de celulares.

Por isso, e para você se proteger no dia a dia, porque não está fácil, separamos algumas dicas que vão tornar seu aparelho mais protegido, uma vez que será mais difícil que seus dados sejam acessados, caso o furto ou roubo aconteça.

1. Tenha o “celular do ladrão”

Tá, esta é a dica mais básica que podemos dar – mas está longe de ser a mais eficaz. Afinal, muitos roubos hoje são focados em dados, não mais nos aparelhos em si. Logo, os ladrões estão agiando em momentos mais específicos: quando você está pedindo um carro no aplicativo de transporte, fazendo um Pix, conversando no WhatsApp, usando as redes sociais… Ou seja, quando o celular está desbloqueado em vias públicas.

Contudo, para furtos simples e roubos, ter um aparelho reserva, aquele mais baratinho e que estava esquecido no armário, pode funcionar. O negócio é evitar ao máximo usar seu aparelho “oficial” na rua.

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2. Ative a tela de bloqueio

Nada de deixar seu celular desbloqueado por preguiça de inserir uma senha toda vez que for utilizá-lo, ok? É cilada!

Ativar uma das opções de bloqueios padrão não vai resolver todos os problemas, mas já dificulta um pouquinho as coisas. Dá para escolher entre os modelos a seguir:

  • bloqueio padrão: a tela é desbloqueada através de um desenho feito com o dedo
  • PIN: a tela é desbloqueada após a inserção de uma senha numéria de, no mínimo, quatro dígitos
  • senha: a tela é desbloqueada após a inserção de uma senha alfanumérica [combinação de letras e números]
  • biometria ou reconhecimento facial: a tela só é desbloquea com uma digital ou face previamente cadastrada
Hacker usando um celular. Ele veste um moletom preto de capuz e a foto é bem escura.
Xijian/Getty Images

3. Ative a autenticação de dois fatores

O recurso, também conhecido como 2FA, é uma camada adicional de segurança criada para que aplicativos e contas fiquem mais protegidos, uma vez que uma combinação de fatores é usada para a autenticação do mesmo. São eles: código PIN ou pergunta secreta; token ou cadastramento do telefone celular; e biometria ou reconhecimento de voz.

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“Dar esse passo extra no processo de autenticação não apenas frustra os hackers, mas também reduz o risco de você ser vítima de ataques de phishing, fraude e roubo de identidade”, explicam especialistas da OneSpan, companhia de seguranga cibernética.

Como ativar a autenticação de dois fatores no iPhone, iPad ou iPod touch:

  • acesse Ajustes > [seu nome] > Senha e Segurança
  • toque em Continuar
  • insira o número de telefone no qual você deseja receber os códigos de verificação ao iniciar sessão. Você pode optar por receber os códigos por mensagem de texto ou ligação automática
  • toque em Seguinte
  • insira o código de verificação para confirmar o número de telefone e ativar a autenticação de dois fatores

Como ativar a autenticação de dois fatores no Android:

  • abra sua Conta do Google
  • no painel de navegação, selecione Segurança
  • em “Como fazer login no Google”, selecione Verificação em duas etapas e Primeiros passos
  • siga as etapas exibidas na tela

4. Ative o rastreamento do aparelho

Dessa maneira, você consegue identificar onde seu celular roubado se encontra. Contudo, se o chip for retirado ou o GPS desligado, não é possível mais rastrear o aparelho.

Como ativar o rastreamento no iPhone, iPad ou iPod touch:

  • abra o App Ajustes
  • toque em seu nome e em Buscar
  • se deseja que amigos e familiares saibam onde você está, ative a opção Compartilhar Localização
  • toque em Buscar [dispositivo] e ative a opção Buscar [dispositivo]
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Como ativar o rastreamento no Android:

  • acesse a aba de configurações do Android e selecione “Google”
  • em seguida, toque em “Segurança”
  • clique em “Encontre Meu Dispositivo”
  • ative o recurso e lembre-se de manter o GPS ligado
  • invista em um aparelho em eChip

5. Invista em um aparelho com eChip

Celulares mais modernos (como o iPhone XR, o iPhone 11, o Glaxy S20 e o Motorola Razr) já vêm com o modelo eChip instalado, que é soldado à placa do aparelho. Logo, a remoção dele é muito mais complexa e, geralmente, implica em algum prejuízo ao celular.

O eChip, ou eSIM, também permite que o usuário mantenha o celular conectado ao 4G ou 3G da operadora. As duas opções dificultam a ação dos bandidos e permite um rastreamento do aparelho mais garantido – só que daí você vai fazer o que, né? Ir atrás do aparelho? Difícil… Mas fica a dica!

Uma mão segurando um celular com um cadeado na tela. O fundo da foto é rosa e pink
Yagi Studio/Getty Images

6. Use as opções de segurança e privacidade do próprio celular

Por exemplo, os aparelhos possuem uma opção de privacidade chamada Pasta Segura/Secreta, que permite que o usuário guarde arquivos confidenciais protegidos por senha. Rola fazer a ativação do recurso nas Configurações do aparelho e guardar dentro da pastinha aplicativos importantes, como os de banco. É uma segurança a mais!

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Outra dica é ocultar Apps visados da tela principal. Dessa forma, à primeira vista, parece que eles não estão instalados no aparelho. Para isso, é preciso entrar em Configurações > Tela inicial > Ocultar aplicativos. Daí basta selecionar aqueles que deseja esconder. Lembrando que eles são somem do celular, tá? Eles continuam instalados e você consegue encontrá-los pela aba de Pesquisar.

No mercado, há aplicativos gratuitos e pagos que também funcionam como “cofres de conteúdos”. O AppLock e o KeepSafe são alguns deles.

7. Use senhas alfanuméricas e variadas

Hoje a gente tem senha pra tudo, né? E o que fazemos, na maioria dos casos? Isso mesmo, usamos a mesma para todas as contas possíveis e imaginárias! Não há memória que aguente, afinal!

É difícil mesmo ficar criando senhas novas ou então se lembrar de sempre anotá-las em um papel ou atualizar o arquivo de senhas. Por isso, tente, pelo menos, criar variações de uma mesma senha alfanumérica, ou seja, com letras e números. Se ela tiver um misto de maiúsculas e minúsculas, e caracteres especiais, melhor ainda!

8. Desative os dados móveis

Está com alguma rede wi-fi conectada? Desative os dados móveis. Está na rua e não está usando a internet do celular? Desative os dados móveis. Além de trazer economia de dados, a opção permite que você fique menos suscetível a golpes que visam o roubo de dados através do ataque ao sistema operacional do aparelho.

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Além disso, nada de clicar em links ou URLs que são compartilhadas aleatoriamente em redes sociais nem fazer o download de conteúdos que você não conhece a procedência.

9. Use redes públicas de wi-fi apenas em último caso

Isso porque hackers podem invadir seu sistema com mais facilidade. Não é algo tão simples, mas está ocorrendo com cada vez mais frequência.

Ou seja, evite se conectar em redes de wi-fi que você não conheça, especialmente se forem públicas, daquelas que você só precisa colocar seus dados, como e-mail e CPF, para se conectar.

Ah! Além disso, mantenha seu aparelho sempre atualizado e com um antivírus em dia.

10. Entre em contato com a operadora assim que for roubada/furtada

Ao fazer isso, você consegue bloquear imediatamente os serviços do seu aparelho, dificultando a ação dos ladrões. O mesmo vale para quando tiver a linha clonada ou duplicada. Para isso, tenha o IMEI do celular em mãos.

Também é importante entrar em contato com seus bancos para informar sobre o furto/roubo, e pedir o bloqueio de contas e cartões. Registrar um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima também é indicado, assim como fazer um seguro para o aparelho e não deixar Apps de banco com as senhas já salvas no sistema.

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