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Destroços do Titanic devem sumir nos próximos anos devido a uma bactéria

Os restos do navio estavam muito preservados no fundo do mar até alguns anos atrás, mas novas imagens mostram que eles devem desaparecer em breve.

Por Amanda Oliveira 28 ago 2019, 12h13

Você sabia que já faz mais de um século que o maior naufrágio da história aconteceu? O Titanic afundou na madrugada de 15 de abril de 1912, deixando mais de 1500 pessoas mortas, mas o navio se manteve impressionantemente preservado no fundo do mar mesmo décadas após a tragédia. Isso porque os destroços afundaram cerca de 3,8 mil metros abaixo da superfície, ficando submetidos a pouca luz e alta pressão, tornando o processo de degradação muito mais lento que o normal – até agora.

Giphy/Reprodução

Em 1985, o explorador Robert Ballard encontrou o navio ainda muito preservado. Mas agora, após 14 anos sem que ninguém tenha ido conferir a situação, o Titanic foi revisitado novamente. Uma expedição paga por Victor Vescovo desceu até o fundo do Oceano Atlântico, a cerca de 645 quilômetros da costa de Newfoundland, no Canadá, e teve a certeza de que o navio mais famoso do mundo está desaparecendo.

Um dos locais mais afetados pela rápida degradação são os alojamentos dos oficiais da embarcação, como o quarto do capitão. “O momento mais fantástico foi quando eu estava ao lado do Titanic; as luzes fortes do submersível refletiram-se em um portal, era como se o barco estivesse piscando para mim”, disse o explorador Verscovo, de acordo com a Reuters. É claro que essa mudança repentina na preservação dos destroços do Titanic não tem uma única causa, mas a principal delas é uma bactéria batizada de Halomonas titanicae.

Como o próprio nome sugere, essa bactéria é capaz de se alimentar de óxido de ferro – popularmente conhecido como ferrugem. Além de ter muito ferro nos destroços do Titanic para ela se alimentar, a bactéria também consegue resistir ao escuro e alta pressão. Confira uma imagem capturada pela expedição:

Destroços do Titanic atualmente. Atlantic Productions/Reprodução

As imagens feitas na missão podem ajudar pesquisadores a prever como os destroços vão se deteriorar, além de ajudar a construir modelos em 3D para plataformas de realidade virtual. Mas, no geral,  estimativa é de que o Titanic inteiro desapareça até 2030.

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