Você sabia que já faz mais de um século que o maior naufrágio da história aconteceu? O Titanic afundou na madrugada de 15 de abril de 1912, deixando mais de 1500 pessoas mortas, mas o navio se manteve impressionantemente preservado no fundo do mar mesmo décadas após a tragédia. Isso porque os destroços afundaram cerca de 3,8 mil metros abaixo da superfície, ficando submetidos a pouca luz e alta pressão, tornando o processo de degradação muito mais lento que o normal – até agora.
Em 1985, o explorador Robert Ballard encontrou o navio ainda muito preservado. Mas agora, após 14 anos sem que ninguém tenha ido conferir a situação, o Titanic foi revisitado novamente. Uma expedição paga por Victor Vescovo desceu até o fundo do Oceano Atlântico, a cerca de 645 quilômetros da costa de Newfoundland, no Canadá, e teve a certeza de que o navio mais famoso do mundo está desaparecendo.
Um dos locais mais afetados pela rápida degradação são os alojamentos dos oficiais da embarcação, como o quarto do capitão. “O momento mais fantástico foi quando eu estava ao lado do Titanic; as luzes fortes do submersível refletiram-se em um portal, era como se o barco estivesse piscando para mim”, disse o explorador Verscovo, de acordo com a Reuters. É claro que essa mudança repentina na preservação dos destroços do Titanic não tem uma única causa, mas a principal delas é uma bactéria batizada de Halomonas titanicae.
Como o próprio nome sugere, essa bactéria é capaz de se alimentar de óxido de ferro – popularmente conhecido como ferrugem. Além de ter muito ferro nos destroços do Titanic para ela se alimentar, a bactéria também consegue resistir ao escuro e alta pressão. Confira uma imagem capturada pela expedição:
As imagens feitas na missão podem ajudar pesquisadores a prever como os destroços vão se deteriorar, além de ajudar a construir modelos em 3D para plataformas de realidade virtual. Mas, no geral, estimativa é de que o Titanic inteiro desapareça até 2030.