Na última quinta-feira, 6, uma operação policial na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, deixou 28 mortos. Na manhã desta quinta, 13, durante inauguração de um espaço para mães e bebês em Duque de Caxias, também no Rio, Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, se irritou quando questionada sobre a ação. As informações são do jornal O Globo.
Jornalistas do veículo de comunicação perguntaram por que a nota oficial lamentando as mortes na operação havia sido apagada da pasta do Ministério dos Direitos Humanos, comandado por Damares. A única resposta que a ministra deu foi: “Palhaçada”.
A pasta foi excluída após eleitores de Jair Bolsonaro criticarem o modo como os mortos na operação estavam sendo tratados. Para eles, a única morte a ser lamentada é a do policial André Leonardo Mello Frias, de 48, “o único que não era criminoso”. No último domingo, 9, o presidente chegou a se manifestar nas redes sociais e parabenizar a Polícia Civil pela operação. Ativistas dos direitos humanos classificaram a ação policial como um “massacre”.
Em meio a tentativas de estipular quem é ou deixa de ser criminoso, Jair Messias Bolsonaro está sendo investigado pela CPI das Vacinas. Também nesta quinta-feira, 13, Carlos Murillo, gerente-geral da Pfizer para a América Latina, divulgou que o governo brasileiro ignorou pelo menos cinco ofertas de doses de vacinas contra a COVID-19, sendo que muitas ficaram sem resposta. Cerca de 70 milhões de unidades do imunizante poderiam ter sido compradas, segundo Murillo.