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Cursinho online foi alternativa para Ana: ‘não adianta só rezar’

Do interior de São Paulo para três das universidades mais concorridas do Brasil, conheça a história de Ana Laura Cruz, de 17 anos.

Por Isabella Otto Atualizado em 7 abr 2018, 15h43 - Publicado em 7 abr 2018, 10h00

“Somos mulheres capazes”. Foi assim que Ana Laura Cruz finalizou a entrevista que deu para a CAPRICHO. Mas achamos que essa seria a maneira perfeita de começar esta matéria. Aos 17 anos, a adolescente estudava de manhã no colégio, trabalhava como recepcionista à tarde e, quando chegava em casa à noite, ao invés de dormir ou assistir a algum seriado, estudava mais um pouco. A moradora de Brodowski, pequeno município de Ribeirão Preto, ajudava um pouco em casa com o salário que recebia, mas a maior parte dele era reservada para pagar o cursinho online que a ajudou a passar no vestibular.

Ana estudando também durante os intervalos do trabalho. Arquivo Pessoal/Reprodução

“Apesar da tranquilidade em morar em uma cidade menor do interior, o não oferecimento de cursinhos preparatórios renomados acaba criando a necessidade do deslocamento para cidades maiores, ocasionando o desgaste de pegar ônibus, chegar tarde em casa, sentir muito cansaço”, conta a estudante. Por ser adaptável, o cursinho online foi perfeito para a jovem que, depois de muito pesquisar, escolheu o Stoodi.

Ana conta que em nenhum momento pensou em desistir, apesar das muitas dificuldades. “Nunca me senti desestimulada. Meu pai já passou por muitas dificuldades no âmbito profissional por não ter uma graduação e minha mãe hoje cursa uma faculdade de pedagogia à distância. Eles são meus grandes exemplos“, emociona-se a caloura de Pedagogia da USP (Universidade de São Paulo). “Estudava em escola pública desde a educação infantil e sempre foi meu sonho ingressar em uma faculdade que fosse pública também, especificamente na USP. Realizar esse sonho é de grande importância para mim”, conta a aluna. Não ter que arcar com os gastos da mensalidade foi um grande diferencial, além da excelência da universidade, fator determinante para a escolha da jovem.

Depois de tanto esforço e persistência, veio a recompensa! Arquivo Pessoal/Reprodução
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Além de ser aprovada na USP, Ana Laura também passou na Unesp (Universidade Estadual Paulista) e na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos). “Minha rotina está corrida! Na parte da manhã, realizo os afazeres domésticos, à tarde trabalho e à noite vou à faculdade”, conta a garota, que trabalha para ajudar com os gastos extras. Afinal, apesar de a universidade ser pública, é preciso comprar alguns materiais de apoio, ter um local para morar, gastar com alimentação… Após completar os quatro anos, Ana pretende fazer uma pós-graduação e, quem sabe, emendar um mestrado.

+ Leia mais: Teste: Que tipo de aluna é você?

Você, assim como Ana, pode estar passando por obstáculos parecidos, que vão desde morar em uma cidade pequena do interior até precisar conciliar trabalho e estudo. Ana Laura Cruz tem uma dica: “organize uma rotina bem regrada de estudos e deixe alguns horários livres para poder sair com os amigos, caminhar, ir à academia, à igreja… Não adianta exagerar nos estudos e abrir mão da saúde mental por uma vaga na faculdade“, garante. Além disso, a futura pedagoga pede para você, vestibulando, não pirar! “Por favor, apesar da pressão, não é uma vaga que vai definir quem você é. Mas, sim, é preciso estudar muito para fazer sua parte. Não adianta só rezar, né?”, brinca.

Você é mulher. Você é capaz!

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