No último domingo (5/7), Júlia Rosenberg, de 21 anos, estudante de medicina veterinária, saiu para fazer uma trilha no litoral de São Paulo. Ela estava passando a quarentena com a família em São Sebastião e não voltou para casa após o passeio matinal.
A família, então, entrou em contato com a polícia, que encontrou o corpo da jovem na última segunda-feira (6), parcialmente enterrado entre as praias da Paúba e Maresia. Em nota para o G1, a Polícia Civil disse que trabalha com a hipótese de asfixia, já que havia machucados no pescoço da estudante. “Ela tinha marca similar a um cinto de bolsa, com fivela. Por isso, a causa mortis teria sido asfixia. Ela não aparentava outras lesões ou fraturas, exceto essa no pescoço”, disse o delegado Múcio Alvarenga.
As autoridades também descartam qualquer tentativa de violência sexual, já que o corpo de Júlia estava vestido e sem marcas de agressão. Contudo, exames estão sendo feitos para comprovar a hipótese. A trilha, uma das mais famosas da região e bem avaliada pelos turistas como “nada perigosa e tranquila”, fica há apenas sete minutos da casa da família da estudante, que saiu de manhã para fazer exercícios, por volta das 7h20.
A indignação no Facebook da jovem é expressada com mensagens de saudade e imagens de “luto” nos perfis. Aos 21 anos, Júlia Rosenberg virou estatística no 5ª país do globo que mais mata mulheres. Inclusive, os crimes de feminicídio aumentaram 22% durante a pandemia de coronavírus em 12 estados brasileiros, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Entre todos os direitos a nós ainda negados, o de ir e vir está na lista.
Desejamos força aos familiares e amigos de Júlia.