Na última terça-feira (21/4), o Reino Unido anunciou que começaria a fazer testes em humanos de uma possível vacina contra o coronavírus. Na manhã desta quarta, foi a vez da Alemanha divulgar que iria pelo mesmo caminho, testando uma droga desenvolvida pelas empresas Biontech e Pfizer.
200 voluntários, de 18 a 55 anos, sem a COVID-19, vão participar dos testes em um primeiro momento. Em nota, o Instituto Paul-Ehrlich, que autorizou a testagem, disse que “a experimentação em humanos é um passo importante no caminho para o desenvolvimento de vacinas seguras e eficazes para a população de dentro e fora da Alemanha”.
A droga que começa a ser testada no Reino Unido foi criada depois de pesquisas realizadas pela Universidade de Oxford em parceia com a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde. “Nós investimos mais dinheiro do que qualquer outro país na busca global por uma vacina”, disse o ministro da saúde britânico, Matt Hancok. O país repassou R$ 16,4 milhões para essa segunda fase de testes em humanos e já tinha investido R$ 131,6 milhões para apoiar as pesquisas da universidade.
Os cientistas alertam que a testagem em humanos deve demorar cerca de seis meses e que uma vacina, caso alguma das drogas testadas atualmente se mostre eficaz, deve chegar apenas em 2021. Há também um claro jogo de interesses políticos e econômicos para ver qual país encontra primeiro uma vacina contra o novo coronavírus – mas que eles resultem em algo benéfico para o mundo e a saúde das pessoas.
Outros países, como China, Israel, EUA e Brasil, também já estão trabalhando em estudos de possíveis drogas que possam ser utilizadas no combate ao vírus.
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