No início desta semana, a jovem Choi Jin-ri, conhecida pelo público como Sulli, foi encontrada sem vida em sua residência na capital da Coreia do Sul, Seul. A causa da morte ainda não foi esclarecida, embora a suspeita seja suicídio. A polícia continua investigando todas as hipóteses antes de confirmar a perícia oficial.
A notícia chocou o mundo, não apenas o do K-pop, trazendo novamente discussões sobre saúde mental e suicídio na indústria do entretenimento à tona. Sulli, que estreou em 2009 no girl group F(x), conquistou fama rapidamente e se tornou um exemplo na luta pelos direitos igualitários entre homens e mulheres na cena musical coreana. Sempre muito franca e cheia de aspas autênticas, a cantora teve que lidar com inúmeras críticas por parte do público sul-coreano e dos fãs internacionais. Em 2014, após sofrer bullying virtual, a artista deu uma pausa na carreira para cuidar da saúde mental. No ano seguinte, ela chegou a voltar para os palcos, mas logo em seguida acabou deixando de vez a girl group. Os ataques continuaram perseguindo Sulli, que, em junho deste ano, decidiu se lançar na música novamente, mas em carreira solo com o álbum Goblin.
A tragédia envolvendo a jovem chamou também a atenção do governo sul-coreano, que, junto a representantes da Associação Nacional de Arte e Cultura, entre outros sindicatos, uniu cerca de 100 organizações, incluindo ainda 200 celebridades que já passaram por experiências negativas, recebendo comentários maliciosos nas redes sociais, ou que eram colegas da cantora, para apoiar um projeto de lei conhecido como “Lei Sulli”, que se propõe a combater os crimes na internet de forma mais incisiva. Proposto esta semana, o projeto deve ser votado em dezembro.