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5 experiências do último ano da escola que mudaram a minha vida

A famosa frase "do terceirão para a vida", no meu caso, se refere às experiências que levarei para o resto da minha jornada

Por Blog da Galera 14 jan 2023, 10h01
TOPO HELENA GALERA CH
Barbara Marcantonio/CAPRICHO

Olá, pessoal! Aqui é a Helena, integrante da Galera CAPRICHO e, como o título do texto já implica, hoje vou falar com vocês sobre 2022 e meu último ano como estudante do Ensino Médio. Para mim, o terceiro ano foi atípico: participei de atividades diferentes, mudei de ideia várias vezes e vivi coisas que não achei que fosse viver tão cedo.

fotografia da helena serafin, ga galera ch. Ela é branca, tem cabelos ruivos e está vestindo um vestido de festa verde.
Arquivo pesssoal//CAPRICHO

1. Mudei de ideia (muitas vezes)

Primeiro, eu ia estudar fora e me preparei para isso por anos, mas optei por ficar no Brasil para fazer a minha graduação. Foi uma escolha difícil, que eu não queria fazer e jamais pensei que tivesse coragem de tomá-la, mas existe um momento em que não tomar uma decisão é insustentável. Depois que decidi ficar no Brasil, surgiu a dúvida do curso que iria fazer nos próximos anos. Pensei em tudo, de engenharia até medicina, passando por história, economia e direito.

No final, acabei no curso que queria desde o começo e muitas vezes acreditei que essa falta de certeza era perda de tempo, mas na verdade não foi. Uma médica muito querida para mim me disse em uma de nossas consultas que só os sábios mudam de ideia, já as pessoas normais continuam na mesmice, com medo de arriscar. Esse ano, não tive medo de arriscar, muito menos de mudar de ideia.

2. Fui princesa

Talvez isso não seja tão corriqueiro quanto você esperava ao começar esse texto, mas, sim, esse ano me tornei uma princesa (só que sem uma avó rainha de um reino distante igual em O Diário da Princesa). Onde eu moro existe um concurso para concorrer à Corte de uma festa local, algo muito comum aqui em Santa Catarina. Por um acaso do destino, fui uma das três sortudas que entrou na Corte em 2022, algo que eu não apostaria que aconteceria. Essa posição mudou completamente o rumo do meu ano, já que passei muitas horas com uma coroa na cabeça e responsabilidade nos ombros.

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Sempre que me questionam como é ser da Corte eu respondo que existe muito trabalho por trás das câmeras, já que somos o rosto de uma cidade para o resto do estado. Fomos na TV, demos entrevistas em rádios, visitamos eventos diversos e conhecemos muitas pessoas que deixaram um pouquinho delas conosco.

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Esse compromisso fez com que minha visão mudasse em vários aspectos e amadurecesse ainda mais minhas vivências, já que a Corte, que não era protagonista na minha rotina, no meu dia-a-dia, virou minha vida por um tempo. Talvez muitas pessoas vejam apenas a parte simples de estar nessa posição, mas muitas vezes foram as situações complexas que fizeram tudo valer a pena. 

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3. Venci a depressão

As coisas começaram a piorar devagar e chegaram a um ponto insustentável, em que eu não sabia mais o que fazer. Depois de muitas medicações, consultas na psiquiatra, terapias dos diferentes tipos e mudança de hábitos, vi que talvez a vida fosse legal e valesse a pena ser vivida. Essa semana, eu chorei vendo um filme pela primeira vez em anos!

A depressão não tira apenas os sentimentos bons, mas te deixa estático, ao ponto de não sentir muita coisa, sejam elas boas ou ruins. Para mim, que sempre fui muito emotiva, as lágrimas ao ver Diário de uma Paixão foram o sinal que dizia que as coisas estavam voltando ao normal, ao ponto saudável que eu lutei por tanto tempo para chegar. 

4. Me formei sozinha

Como uma das sortudas que teve o Ensino Médio durante uma pandemia, muitas atividades que foram normais em outros anos foram impedidas de acontecerem durante essa fase da minha vida. A formatura no Terceirão era a luz no fim do túnel, algo que esperei por anos que fosse inesquecível. Como nada acontece como o esperado, decidi fazer a formatura sozinha. Sabe quando você quer muito fazer algo, mas não faz porque sabe que vai ser julgada se fizer?

Mesmo em turmas pequenas, coisas assim são impactantes e infelizmente, realidade. Depois de pensar muito, cheguei à conclusão que seria assim que eu me sentiria se fizesse a formatura com o resto dos meus colegas de classe, então optei por fazer de uma forma que me deixasse feliz e confortável na minha própria pele, mesmo que isso significasse estar “sozinha”.

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Com o apoio dos meus pais e amigos de verdade, fiz uma festa diferente, sem colação de grau ou discursos de orador da turma, mas tão especial quanto. Aprendi que, se não tivesse ouvido a minha intuição e enfrentado mais esse medo, eu passaria um dia que deveria ser especial preocupada com opiniões que realmente não valem nada para a minha vida. 

5. Cheguei aonde queria chegar

No começo, eu acreditava que a única coisa que eu queria na vida era estudar fora, então era isso que iria fazer. Durante os processos que citei acima, percebi que muito do que eu queria fazer poderia ser feito com calma, perto de casa e com o auxilio de pessoas que querem o meu bem, então fui acostumando minhas expectativas com a realidade que eu teria.

Agora, sei que as decisões que tanto me assustaram esse ano foram as mesmas que me fazem estar saudável e feliz hoje, prestes a estudar em uma faculdade ótima e viver a vida que pensei que só seria possível vivenciar fora do país. Depois de aprender que “nem sempre o que você quer é o que você precisa”, a realidade que parecia tão horrível no começo se transformou aos poucos em algo incrível que eu mal podia esperar para viver.

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