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“Cenário dos games mudou”, afirmam jogadoras de League of Legends

Evento de menino? Que nada! As meninas brilharam na final do #MSI2017!

Por Isabella Otto Atualizado em 15 out 2019, 15h04 - Publicado em 25 Maio 2017, 13h26

No último domingo, 21, organizado pela Riot Games, aconteceu na Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro, a final do Mid-Season Invitational, o segundo torneio internacional mais importante de League of Legends, que reúne times de todo o mundo. A equipe vencedora da vez foi, para variar, a sul coreana SK Telecom T1. Foi lindo de ver! A arena estava lotada e os brasileiros, acima de tudo, torciam por um jogo bonito. Em sua maioria, o público ainda era formado de meninos, mas as meninas não só estavam presentes como deram show!

'Cenário dos games mudou', afirmam jogadoras de League of Legends
Cecília Benazzato, de 26 anos. Reprodução/Reprodução

A cosplayer Cecília Benazzato, de 26 anos, joga LoL há cinco anos e sempre participa de eventos geeks. O game multiplayer virou um de seus queridinhos por conta de suas exigências. “Ele te faz pensar depressa e isso te obriga a criar um pensamento lógico rápido. Isso me chamou muito a atenção, pois é uma coisa de que gosto”, garante a jogadora. Apesar de ainda haver preconceito na comunidade nerd, pois parte dela continua reproduzindo velhos conceitos de que meninas jogam mal, o cenário não só mudou, como as garotas são maioria no universo do cosplay. “Arrisco dizer que tem mais menina que menino, sim!”, conta Cecília, que acredita que quando as meninas se sentem acuadas, o cenário geral de LoL é quem mais perde.

Larissa Araújo, de 22 anos, não só concorda com a colega como surpreendeu-se com a quantidade de meninas no MSI 2017. “Esse evento tem muita mulher!”, comemora a jogadora, que acha que muitas garotas ainda sentem medo de jogar, pois são oprimidas e assediadas por uma parcela machista do público masculino. A jovem Meyre Hellen, de 18 anos, explica que é justamente por isso que muitas usam nicks unissex, para o gênero não ficar especificado. Giovanna Nepomuceno, de 17 anos, concorda e ainda completa dizendo que quanto mais meninas na partida, melhor! “Às vezes, pegamos times com quatro garotas e é muito legal. Você se sente mais enturmada e os meninos ficam mais receptivos quando tem mais de uma menina jogando“, garante.

'Cenário dos games mudou', afirmam jogadoras de League of Legends
As amigas Meyre Ellen e Giovanna Nepomuceno foram juntas ao #MSI2017! Reprodução/Reprodução

Sabe aquele menino que é um amor quando está falando com você, mas se transforma totalmente e fica um saco quando o grupinho dele chega? É mais ou menos isso que acontece em algumas partidas de League of Legends. “Geralmente, se os meninos descobrem que você é menina, eles ficam em cima. Te mandam lavar a louça e tal. Tem muito machismo. Quando as meninas não jogam em grupo é pior“, desabafam as amigas Carolina Portela, de 19 anos, e Ana Carolina, de 18. Quando sabe que tem mais garotas no jogo, Jéssica Giarola, de 20 anos, se sente mais protegida: “Eu estou encontrando bastante meninas online, fiz várias amizade. Isso me faz querer jogar mais”, afirma.

Para Brenda Rebello, de 18 anos, o mais importante é se divertir sem precisar provar nada para ninguém. As jogadoras não estão lá porque querem se exibir ou agradar o namorado. “League of Legends, assim como qualquer tipo de game, é para todo mundo”, afirma. Brunelle Lopes, que adora a personagem Nami, concorda com a colega: “De um tempo para cá, tem surgido muitas comunidades para acolher e unir as meninas, que é o mais importante. A toxidade no mundo dos games ainda é muito grande, mas vamos conseguir vencer isso. Girl power é girl power“.

'Cenário dos games mudou', afirmam jogadoras de League of Legends
Larissa Araújo, de 22 anos. Reprodução/Reprodução

As meninas sempre estiveram lá, elas só tinham mais receio de aparecer. Hoje, com a união das garotas cada vez mais forte, as jogadoras estão tendo mais coragem de marcar presença nos eventos, nas competições e assumir os nicks femininos. É a mudança acontecendo diante dos nossos olhos e dando um ace atrás do outro no machismo. E se você ainda se deparar com pessoas que curtem falar que games não são para meninas, pode fazer como a Meyre Hellen, que garante (em tom de brincadeira, mas com um fundinho de verdade): “Caguei para elas!”.

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Serviço:
Bora prestigiar os talentos brasileiros? A segunda etapa do CBLoL começa no dia 3 de junho. As oito esquipes classificadas são: paiN Gaming, CNB, INTZ, Keyd Stars, Red Canids, ProGaming, Team One e T Show. No dia 2 de setembro rola a grande final. Mas informações, como local e valores dos ingressos, serão liberadas em breve pela Riot Games.

 

+ Leia mais: ‘A gente sempre esteve lá’, diz Flávia Gasi sobre garotas gamers

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