O UNICEF e a SaferNet lançam neste domingo, 7, Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, a campanha “Acabar com o bullying #édaminhaconta“, desenvolvida em parceria com o Facebook e o Instagram.
O principal intuito do projeto é alertar os jovens e estimulá-los a contar as histórias pessoais “que saem do eixo vítima-agressor, para envolver também os que assistem passivamente ou ignoram situações de bullying”.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Ipsos em 2018, o Brasil é o 2º país que mais pratica bullying. O levantamento também apontou que a maioria das ofensas fica mais intensa nas redes sociais, mesmo que tenham começado na sala de aula. Justamente por isso, a campanha da SaferNet e do Unicef acontece online.
“Educar as novas gerações para um uso positivo das redes é urgente. Além de ensinar a reconhecer e denunciar as violências, precisamos estimular uma convivência cidadã, dentro e fora dos ambientes digitais. Isso envolve saber os limites das brincadeiras para que todos se divirtam e saibam identificar quando algo não está bem”, garante Rodrigo Nejim, diretor de educação da SaferNet.
Para participar, bastar publicar relatos sempre usando a hashtag #édaminhaconta. Além disso, debates ao vivo serão transmitidos no Facebook nos dias 8, 9 e 10 de abril. Os temas serão, respectivamente, “o que fazer se você ou outra pessoa que você conhece são vítimas de bullying?”, “o que fazer se seu filho for alvo de bullying?” e “como abordar temas sobre o bullying de forma efetiva com estudantes?”. Todos os bate-papos ocorrem às 17h. Klara Castanho, PH Cortes e Lorenzo Ravioli, embaixadores do projeto, participarão de algumas rodas de conversa, que contarão também com nomes como Marcos Mion e Camila Pimentel, mãe da MC Soffia.
Vale lembrar que desde 2018 a Lei 13.663, que determina o combate ao bullying em ambientes educacionais, está em vigor. Em 2015, a Lei 13.185, que institui o programa de combate ao bullying, também foi aprovada. “A escola deve ter uma política bem definida de conscientização e informação dos docentes, pais e alunos sobre o tema, além de incentivar que eventuais casos sejam relatados a fim de serem imediatamente tratados pela direção escolar ou responsáveis diretos, inibindo, assim, a dinâmica e a reiteração desses atos entre os alunos. E se ficar comprovado que houve negligência da escola, os pais podem entrar com ação contra a instituição”, esclarece o advogado Jairo Corrêa, do escritório Corrêa, Ongaro, Sano Advogados Associados.
A CAPRICHO não só apoia a causa como também está com uma campanha anual de saúde mental. Para acompanhar os desafios mensais, siga a CH no Instagram e use a hashtag #Os12DesafiosDaBondade.