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Brasil é o 2º país com mais jovens fora da escola e do mercado de trabalho

Mais de 35% dos brasileiros entre 18 e 24 anos não trabalham nem estudam; índice alerta sobre desemprego e desigualdades sociais no país

Por Bruna Nunes Atualizado em 3 out 2022, 18h03 - Publicado em 3 out 2022, 18h02
grande sala de aula vazia
Klaus Vedfelt/Getty Images

É normalmente entre os 18 e 24 anos que o jovem é inserido no mercado de trabalho, seja ingressando em uma graduação, em um emprego ou em ambos. Acontece que, no Brasil, mais de 35% dessa galera não consegue fazer nem um nem outro. Isso coloca o país como o 2º do globo com o maior índice de jovens longe dos estudos e desempregados.

Esses dados foram obtidos pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), uma entidade cujo os membros se comprometem com o cumprimento de boas práticas para o funcionamento de seus governos e economias.  Ainda segundo o relatório, 5,1% dos jovens brasileiros se encontram nessa situação há mais de um ano.

Gráfico do relatório da OCDE
Gráfico do relatório da OCDE OCDE/Folha de São Paulo/Reprodução

Tudo isso mostra como essa população carece cada vez mais de oportunidades e sofre com a exclusão, o que deixa o mercado de trabalho ainda mais inacessível e pouco representativo, escancarando também um problemão chamado evasão escolar.

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De acordo com análise da OCDE, esse grupo específico de jovens deveria preocupar o governo, pois “alerta para uma situação negativa de desemprego e desigualdades sociais” no país.

Se liga nesses outros dados do relatório que merecem atenção:

A titulo de esclarecimento, foram avaliados os 38 países membros da OCDE, e os dados do Brasil, ArgentinaChinaÍndiaIndonésiaArábia Saudita e África do Sul. O Brasil só teve um resultado menor do que o da África do Sul, que tem a portagem de 42,2% de jovens fora da escola e do mercado de trabalho. A holanda mostrou o melhor desempenho, com um índice de 4,6%.

“É essencial que os países tenham políticas para prevenir que os jovens se tornem parte desse grupo ou que busquem ajudá-los a encontrar um emprego ou voltem a estudar”, avalia a organização.

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