Depois de cancelar sua ida a Nova York, após ser alvo de comentários não muito amistosos do prefeito da cidade americana, Bill de Blasio, Jair Bolsonaro redirecionou sua viagem a Dallas, no Texas, Estados Unidos, onde se posicionou sobre os protestos que estão ocorrendo em solo brasileiro contra o corte de verbas na educação.
Em evento oficial, o presidente do Brasil deu a seguinte declaração: “A maioria ali é militante. Se você perguntar a fórmula da água, não sabe, não sabe nada. São uns idiotas úteis que estão sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades federais no Brasil.“
Além de minimizar uma parcela considerável de estudantes de redes públicas de ensino e, consequentemente, o ensino do próprio país que governa, o presidente disse que as manifestações que estão ocorrendo são naturais e que não gostaria de ter que fazer o corte, culpando antigos governos pela atitude que precisou ser tomada.
Veja o vídeo em que Bolsonaro dá a declaração e é ovacionado por apoiadores:
Presidente sobre os alunos que participam dos protestos:
"A maioria ali é militante. Não tem nada na cabeça (…) São uns idiotas úteis, uns imbecis que estão sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona" pic.twitter.com/erMe0lPXmE— Exilado (@exilado) May 15, 2019
A hashtag #TsunamiDaEducação, escolhida para representar os protestos que estão ocorrendo na tarde desta quarta-feira, 15, em todo o país, é um dos assuntos mais comentados do Twitter. Circularam na internet alguns rumores de que a medida seria revogada pelo governo antes da paralisação em massa, mas tudo não passou de um boato. O Ministério da Educação anunciou recentemente o bloqueio de 30% do orçamento de todas as instituições federais de ensino superior do país. Os valores bloqueados são diferentes de acordo com cada faculdade, mas variam de R$ 13 a R$ 114 milhões. “Para quem tem menos condições financeiras vai ficar inviável conseguir estudar“, disse Ana Carolina Leite, de 18 anos, estudante de Medicina da UFPEL, à CAPRICHO.