Oi, gente! Aqui é a Aniké Pellegrini de novo e dessa vez trouxe um tema que muitos já podem ter ouvido falar ou talvez até seguido no Instagram, mas dificilmente tenham se aprofundado: o movimento Afropunk.
O Afropunk, nome que une afro, referência a cultura afrodescendente, com o movimento punk, apresenta o público-alvo do festival de música em que participam diversos cantores e os mais variados artistas de diferentes locais do mundo.
A principal característica do movimento é a liberdade de expressão, visível nas roupas dos participantes que são sempre cheias de estampas, botas, metais nas roupas, spikes e correntes, com brincos grandes e colares exuberantes, além de vários cabelos maravilhosos como black power, tranças coloridas, under e sidecuts, entre outros. Todos investem bastante nos looks!
Uma das minhas inspirações de lifestyle, a blogueira Magá Moura, tem ido ao festival e agora está se preparando para a edição deste ano, que acontecerá em Paris (seria meu sonho?). Para vocês entenderem melhor, a Magá concordou em responder algumas perguntas sobre o festival.
Aniké: O Afropunk é um movimento ou um evento?
Magá: O Afropunk nasceu com um ideal político e isso já o torna um movimento. Ele vai muito além de edições de festivais, é uma plataforma que conecta, transforma e inspira a comunidade negra pelo mundo.
Aniké: Quando e onde foi a primeira vez que você esteve em um evento Afropunk?
Magá: A primeira vez que eu fui ao evento foi em agosto de 2015, na edição do Brooklyn, em NYC. Eu fiquei arrepiada, meu coração batia mais forte e meus olhos lacrimejavam. Estava emocionadíssima com todo aquele poder e união da comunidade negra e sinto sempre a mesma coisa em todas as edições que participo.
Aniké: O quão importante o Afropunk é para o movimento negro?
Magá: Além de ser um encontro que fortalece e enaltece a nossa ancestralidade, também é um espaço de troca de experiências. Um universo de looks incríveis criados pela autenticidade e verdade de quem participa. É um movimento inspirador, potente, representativo, necessário e livre de ódio, tendo o “NO HATE” como uma das principais bandeiras. O Afropunk também tem uma presença online muito forte, que nos conecta ainda mais com os projetos da comunidade pelo mundo, com o ativismo e combate a qualquer tipo de preconceito, principalmente racial.
Aniké: De onde nasce essa grande força que o movimento carrega?
Magá: Na nossa história e nos tantos anos em que fomos (e ainda somos) oprimidos. O Afropunk é o nosso espaço e ninguém vai lá para julgar as outras pessoas, para olhar feio para elas, para as considerarem perigosas simplesmente pelo seu tom de pele. As pessoas vão para serem felizes da sua maneira mais plena, para trocar sorrisos, elogios, ouvir músicas maravilhosas. Eu me sinto tão livre e também vejo isso em quem participa.
Aniké: Na sua opinião, tem alguma chance de ter edições brasileiras?
Magá: Depois que comecei a acompanhar o festival pelo mundo, fiquei muito amiga de um dos fundadores. E sim, tenho infos maravilhosas: logo logo o festival está chegando por aqui!
Aniké: Qual o seu critério para montar seu look Afropunk?
Magá: Tem que ser algo pensado por mim e costurado pela minha mãe ou pelo Isaac Silva, que é meu amigo, amor e estilista incrível.
Aniké: Existe alguma frase que resuma o movimento?
Magá: Eu amo a forma como eles mesmos falam: “The People Resist”.
Espero ansiosamente a chegada do movimento no Brasil! Com certeza estarei presente e bem produzida e, se possível, contarei tudo pra vocês. Enquanto isso, Magá mostrará o evento de Paris pelas redes sociais, assim como as páginas oficiais do movimento.
Beijos,
@keke_bp