Oi, gente! Enrique Martinelli aqui. Hoje eu vou compartilhar com vocês a minha analise da The Eras Tour da Taylor Swift, que provou ser uma das artistas mais estrondosas com sua atual turnê. Com mais de 50 datas, isso só nos Estados Unidos, a cantora apresentou um extenso show com exatas 44 músicas e um pouco mais de 3 horas de duração.
Apresentando 10 blocos, a intérprete de Blank Space celebra todos os seus álbuns lançados até então, visando destacar as gravações que não puderam ter turnês próprias devido a pandemia da COVID-19. Neste caso, são os discos: Lover (2019), folklore (2020), evermore (2020) e o mais recente Midnights (2022). Cada sessão do show representa cada um de seus álbuns, onde ela retoma as estéticas, músicas e performances de cada era.
Toda a abertura da The Eras Tour é representada pelo álbum Lover, Taylor começa o espetáculo de onde ela parou em sua carreira. Esse disco tinha uma turnê planejada com datas no Brasil, mas por causa do agravamento da pandemia do coronavírus o projeto foi cancelado.
Nesse momento, Taylor retoma um dos conceitos mais importantes dessa era, a Lover’s House (Casa do Lover) que aparece no videoclipe oficial da canção Lover. Esse cenário foi alvo das maiores teorias dos fãs, desde que cada cômodo da casa representava um dos álbum da cantora, até a teoria que após o evermore ela se aposentaria pois todas as salas da casa foram preenchidas. Trazer esse cenário para o espetáculo é uma peça essencial para a narrativa que ela construiu para seu público.
O clipe:
O cenário:
hear me out… lover house lego set. pic.twitter.com/LAnjSBVAp0
— swiftie struggle tweets (@swifferstruggle) November 13, 2022
O show se mantém extremamente fiel às eras já conhecidas pelos fãs, tais como os vestidos brilhantes e cheios de franjas do Fearless e o clima intimista e aconchegante do evermore – mesmo que as letras não sejam tão reconfortantes assim -.
Taylor faz questão de evocar o máximo de nostalgia para todos os seus fãs que a acompanham de diferentes épocas de sua carreira, relembrando singles históricos lançados por ela como You Belong With Me, 22, Blank Space e Shake It Off. Além disso, a loirinha faz muito fan service trazendo as músicas queridinhas pelos fãs como: Cruel Summer, Style e Don´t Blame Me.
Apesar de vangloriar, com classe, toda sua discografia e trazer em essência todas as suas eras, Taylor deixou os fãs “agridoces” quando se tratou dos álbuns Taylor Swift (2006) e Speak Now (2010). O disco de estréia da cantora ficou restrito às canções surpresas que ela trará em seus shows, enquanto o terceiro álbum de estúdio teve apenas uma música para representá-lo: Enchanted. Vale ressaltar que o Speak Now é o mais cogitado a ser o próximo disco de Taylor Swift a ser regravado.
Algumas performances se tornaram extremamente intrigantes para os swifties, como por exemplo, a de Look What You Made Me Do. Nela, Taylor prende várias versões de si mesma em caixas, com suas dançarinas de apoio com visuais icônicos de suas eras, e ao final da música todas suas versões são libertas. Mas definitivamente o ponto alto da The Eras para os fãs foi a performance de Bad Blood em que a Taylor mostra no telão a Lover House em chamas e totalmente vazia, dando fim a toda história e teorias em volta desse cenário.
“O programa deixou algumas perguntas sem resposta, como: Por que apenas uma música de “Speak Now “,”Enchanted “? Especialmente quando há rumores de que a próxima edição da “Taylor’s Version” está chegando, esse álbum foi uma escolha estranha para ser sub-representado”
ecreveu a Variety
Ao final, Swift celebra o seu último lançamento, o Midnights, de maneira divertida e festiva, e a canção que encerra todo o show é Karma, que apesar das controvérsias, possui uma mensagem leve e bem-humorada de que as coisas boas e ruins são colhidas de acordo com o que cada um planta. Portanto, Taylor se prova ser uma das grandes artistas que se mantém firme e forte na indústria da música a mais de uma década, e comemora com os fãs todos os detalhes de sua carreira, provocando a nostalgia e a catarse de quem assiste e acompanha a carreira dela.
Mesmo que Taylor se sobressaia muito mais nos momentos intimistas como o bloco de folklore, evermore e na performance de All Too Well (10 Minutes Version), as coreografias pop e músicas chicletes se tornam os momentos favoritos dos fãs para curtir e dançar.
Parafraseando o The Guardian: “A estrela pop que mais trabalha deu início a sua ‘The Eras Tour’. Foi uma flexão de produtividade inigualável… Ela mergulhou substancialmente em todos eles (álbuns). Indo álbum por álbum (ou, era por era) em blocos de cores, segmentos delineados por roupas. Swift empacotou mais do que muitos especuladores do TikTok pensaram ser possível em um show, quase sem pausas e resistência aparentemente infinita. A produção foi mais uma extravagância da Broadway do que um concerto singular, como se estivesse se envolvendo em uma batalha de karaokê mortal com cada uma de suas músicas e fãs gritando por 44 músicas seguidas. No escopo absoluto de canções e devoção às letras, nenhum artista pode igualá-la, em um início indiscutivelmente épico para a era “Eras”, afirmou o jornal.
The Eras Tour tem uma estrutura que faz jus ao seu nome e legado na indústria da música, e Taylor mostra com esplendor sua trajetória como artista. É uma turnê comemorativa que celebra mais que perfeitamente tudo que Taylor Swift fez em todos seus anos de carreira.