Oi, galera! Quem está falando aqui hoje é a Gi Pellegrino e como eu já falei várias vezes para quem me conhece, sou defensora da causa animal. Trabalho como voluntária numa ONG de proteção animal aqui em Campinas, cidade onde eu moro. Por isso, vou dar algumas dicas práticas de como ajudar os animais abandonados, especialmente os cachorros e gatos que vivem nas ruas.
Temos basicamente duas situações. Você pode adotar um animal e essa é a primeira ideia que as pessoas têm quando se fala de ajudar um animal abandonado. Mas, pode ser que você não possa adotar, seja por conta de espaço, tempo ou outros fatores. Mesmo assim, muita calma nessa hora! Todas as pessoas podem fazer sua parte nessa luta diária. Basta querer!
O jeito mais conhecido de ajudar é adotando um animal de um abrigo ou através de alguma ONG. Ah! E você sabia que existem cachorros que ficam anos esperando por uma adoção no abrigo, enquanto outros esperam, às vezes, menos de uma semana? Qual a diferença entre eles? Cachorros de porte pequeno são mais fáceis de conseguir adoção pelo simples fato de não precisarem de muito espaço. Dependendo do temperamento e da disponibilidade dos donos para passeios diários, podem até morar em apartamentos. Já cachorros de porte grande precisam de um quintal e áreas verdes maiores. Ou seja, se você tem espaço em casa por que não dar a chance para um cachorro de porte grande ser seu novo amigo?
Outra característica que muitas vezes influencia na adoção é a pelagem do animal. Vocês acreditam? Pasmem! Cachorros pretos são mais difíceis de serem adotados!! Mesmo pessoas dispostas a adotar acabam procurando cães que tenham algumas características próximas de animais de raça, deixando sempre os pretos de pelagem curta para trás. Então, quando você for fazer uma visita aos abrigos e decidir pela adoção, não custa nada dar uma chance aos animais de pelagem preta, tanto os gatos como cachorros.
Mas, é claro que não são todas as pessoas ou famílias que têm tempo, espaço adequado ou disponibilidade para adotar um animal. Muitas vezes, uma ou mais pessoas da família também não concordam com a adoção. Se esse for o seu caso, não fique triste! Isso não significa que seu papel nessa causa acabou. Existem várias outras maneiras de ajudar além da adoção, como o trabalho voluntário. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, essa é uma das partes mais importantes de uma ONG, pois sem ele fica praticamente impossível o funcionamento, acompanhamento e a própria adoção dos animais. Você pode fazer isso no seu tempo livre, que pode ser desde uma vez por semana, várias vezes por semana ou até mesmo uma vez por mês! A participação e a frequência da atividade voluntária vão depender da disponibilidade e da rotina de cada um.
Ajuda financeira também é essencial e quase toda ONG desenvolve suas atividades quase que exclusivamente com o dinheiro arrecadado por doações. Que tal então juntar um pouco da sua mesada, escolher uma ONG com a qual você se identifique e doar? Podem ser doações em dinheiro mesmo, em ração (tanto para cachorro ou gato) ou até comprando medicamentos, produtos de limpeza ou outras coisas que eles estejam precisando no momento. O importante é se certificar de que seja uma ONG com trabalho sério e que você acredite na proposta.
Você tem algum amigo ou familiar que seja veterinário? Que tal tentar conversar e ver se não rola fechar uma parceria? Dar um desconto para os animais da ONG? Com isso, o custo dos resgates e tratamentos diminui e é possível ajudar mais animais ao mesmo tempo.
E por último, mas não menos importante: o lar temporário. Caso sua família tenha espaço de sobra, tempo, paciência e, principalmente, muito amor e carinho para dar aos animais que chegam fragilizados emocionalmente e até fisicamente após o resgate, que tal se oferecer para deixá-lo sendo cuidado e esperando pela adoção na sua casa? Essa é outra maneira maravilhosa de ajudar a abrir mais vagas nos abrigos para que a ONG possa acolher ainda mais animais.
Vale lembrar também que essas são apenas algumas dicas. Existem muitas maneiras de ajudar essas vidas que, muitas vezes, são esquecidas por nós e pela sociedade no dia a dia. Amor não se compra, se adota!
Beijos,
@gi_pellegrino