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Blog da Galera: De onde vem a autocobrança e como enfrentá-la?

Nick, da Galera CH, discutiu neste texto sobre como nossos cérebros nos pregam peças de autocobrança desde a infância

Por BLOG DA GALERA 4 jan 2024, 12h59
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Barbara Marcantonio/CAPRICHO

Crescemos cercados por estímulos de produção e uma pressão invisível de que deveríamos estar produzindo na maior parte do nosso tempo. Afinal, desde crianças, escutamos dos nossos pais cobranças sobre dedicação na escola, por exemplo. As notas apenas reforçam uma pressão de desempenho constante que, sem sequer percebemos, se estende até nossa vida adulta… E bem, é assim que um pensamento muito perigoso começa a surgir.

Oi, gente! Tudo bem? Nick, da Galera CAPRICHO, por aqui, e como nenhuma experiência é única, sei bem que comumente nossos cérebros nos pregam peças de autocobrança excessiva para estarmos sempre produzindo e depositando nosso maior esforço naquilo que estamos executando. 

Precisamos produzir, fazer dinheiro. Precisamos estar em constante produção, com a motivação perfeita, no corpo perfeito, crescer no trabalho, crescer socialmente e ‘de quebra’ estar sempre sorrindo!

Mas de onde vem essa pressão?

Ok, quando éramos pequenos vinha dos nossos pais, mas e agora que crescemos, vem de onde? Da sociedade? Da necessidade de estar sempre fazendo dinheiro para se manter? Pressão de nós mesmos? Bem, talvez de tudo isso!

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É muito difícil se desvincular dessa pressão de produção constante: seja na área dos estudos para ser recompensado em notas, seja na academia com recompensa do “corpo ideal”, seja no trabalho para ter recompensa em dinheiro ou ainda no amor, com recompensa de afeto. A busca por uma compensação permanente faz com que a pauta de saúde mental acabe sendo invisibilizada.

Além de discussões importantíssimas como a Síndrome de Bournout, precisamos falar sobre a necessidade de criar espaço para nossos sentimentos e impor limites – sem sentir culpa! Permitir-se sentir as coisas “negativas” como a tristeza e preguiça, e descansar (o que é considerado tão negativo hoje em dia) sem se martirizar é fundamental. Perceber que um dia sem uma produção idealizada não desmoronará seu desempenho e suas conquistas alcançadas até aqui, certo?

A pergunta que nunca cala é o famoso “e se…?” E se eu tivesse feito mais? E se eu tivesse feito diferente? A genuína resposta para todas elas é: não sabemos. O que fazemos está feito e o que deixamos de fazer não existe. 

Passamos por muitos sentimentos e práticas diferentes todos os dias, o que conseguimos lidar e manusear já está ótimo! Estou orgulhosa de nós. 🙂

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