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Blog da Galera: “Crescer sem me ver representada foi bastante desafiador”

Aisha Moares, de 17 anos, conta que a escola foi o local em que mais se sentiu insegura, e como compreender suas origens e características foi libertador

Por Blog da Galera Atualizado em 24 set 2022, 10h33 - Publicado em 24 set 2022, 10h16
Topo Galera aísha moraes
Barbara Marcantonio/CAPRICHO

Oi, gente! Tudo bem com vocês? Aqui quem fala é Aísha, da Galera CH. Hoje falarei sobre a questão da autoaceitação. Para mim, foi um processo recheado de percalços, mas que trouxe frutos para formar quem sou atualmente. Crescer sem me ver representada foi bastante desafiador, principalmente numa sociedade em que padrões absurdos são apresentados.

Garota negra veste um turbante amarelo e segura uma foto sua antiga, em que aparece pequena ao lado do pai
Na foto polaroid, eu, Aisha, com 5 anos, ao lado de meu pai Arquivo Pessoal/CAPRICHO

Em minha casa, sempre fui enaltecida. Meus pais elogiavam meus traços e meu cabelo crespo, então por certo tempo não tive problemas com isso. Esse cenário mudou quando entrei para o Ensino Fundamental. A escola foi o local em que mais me senti insegura. Eu escutei muitos comentários ruins sobre minhas características, e aos poucos, toda a autoconfiança que havia sido construída foi por água abaixo.

A falta de representatividade também influiu na construção da minha identidade, já que nas mídias eu não encontrava pessoas semelhantes a mim. Talvez se eu e as crianças que convivam comigo tivessem tido contato com as diferentes pessoas em espaços diversos, entendessem que não tem nada de errado em ser diferente.

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Em 2016, quando eu tinha 11 anos, passei pela transição capilar. Foi um momento muito marcante para mim, apesar de ter sido um longo processo, pois comecei a me encontrar. Nesse momento, minha mãe serviu como um espelho, já que ela também passou a usar seu cabelo natural. Assumir meu cabelo crespo foi essencial, já que comecei a criar minha própria identidade.

Nesse momento, compreender minhas origens e características foi libertador, pois, quando isso aconteceu, o medo que eu tinha de me expressar e mostrar quem sou acabou desaparecendo. Porém, isso só rolou depois de muuuitas sessões de terapia!

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Durante essa jornada, conheci algumas pessoas que, ao contarem um pouco sobre as suas histórias, me incentivaram a descobrir um pouco mais sobre importância e beleza dos meus traços. Foram elas: @jacycarvalho, @gabidepretas (em especial, o vídeo “Tour Pelo Meu Rosto”) e @jucizar.

Espero que essa matéria sirva para inspirar outras meninas a amarem todos os seus traços, independentemente do que digam. Vocês são lindas e únicas!

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Com amor,
@aishaamoraes

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Aisha Moares, de 17 anos, conta que a escola foi o local em que mais se sentiu insegura, e como compreender suas origens e características foi libertador

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