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Blog da Galera: como identificar um relacionamento abusivo?

Paula Neiman, da Galera CH, ouviu histórias de mulheres que enfrentaram relacionamentos abusivos para alertar outras que podem estar passando por isso.

Por Da Redação Atualizado em 11 jun 2019, 18h51 - Publicado em 8 abr 2019, 17h15

Oi, galera! Tudo certo? Aqui é a Paula Neiman. Para você que quer ter uma relação feliz, hoje vamos conversar sobre relacionamento abusivo. Decidi falar sobre esse assunto porque é preciso. Quando alguém fala sobre isso é porque já passou pela experiência e a frase sempre dita é: “se alguém tivesse me contato, eu não teria deixado tudo isso acontecer!”.

Reprodução/Reprodução

As próximas linhas são baseadas em relatos de mulheres que passaram por isso e servem como alerta para que você consiga identificar relacionamentos saudáveis. Afinal, não é preciso passar por todas as circunstâncias ruins da vida para evitá-las ou aprender com elas, pois a gente pode observar e aprender com vivências de outras pessoas. Sempre lembrando que essas situações podem ocorrer independentemente de gênero e idade. Relacionamentos abusivos deixam marcas para a vida toda, tornam as pessoas mais desconfiadas, mais tristes, com medo e, muitas vezes, com o sentimento de impotência por não conseguir sair da relação.

Tudo começa bem, como qualquer outro relacionamento saudável, com muito carinho, amor. O beijo é bom, a química entre os dois acontece e quando você percebe, está completamente apaixonada pela “pessoa perfeita” que te entende, te ajuda, te ama. Então, você, que talvez nunca tenha passado por um relacionamento ou teve tantos outros frustrados, está carente e precisando de alguém, passa a depender daquela pessoa.

Com o tempo, as coisas mudam. Aos poucos, você percebe atitudes agressivas da pessoa com terceiros e até consigo mesma. Mas depois ele chora e diz: “você me tira do sério! Eu te amo mais do que qualquer coisa, só eu sei te amar, mas as suas atitudes me fazem perder a cabeça. Prometo que isso não vai mais acontecer!”. No fundo, você o ama e isso faz com que acredite nas suas lágrimas e palavras.

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Sua família tenta te alertar, dizendo que não criou alguém para ser tão maltratada, mas você pensa que a culpa é sua, que a mudança tem que ser em você e não nele. Você vai contra sua família porque acredita no amor de vocês. Então, a pessoa pede para você trocar de roupa, mas é porque “ela te ama e quer cuidar de você”. Aos poucos, ela te pede para parar de andar com seus amigos. Mas, de novo, isso é tudo porque se preocupa e sente ciúme por te amar demais. Algum dia, em meio a uma discussão, ele te segura, te machuca, diz que a única pessoa que vai te amar e cuidar de você é ele.

Essas situações se tornam rotineiras: culpa, a crença de que você nunca encontrará alguém como ele, de que ninguém nunca vai te amar. Você se sente aprisionada e dependente. As atitudes agressivas e os ataques psicológicos e físicos são recompensados no outro dia com flores, abraços, carinhos, e dentro de você mora uma esperança de que tudo vai mudar. Mas não vai.

Giphy/Reprodução
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Se você se identificou com tudo isso, talvez esteja vivendo um relacionamento abusivo. E você pode se libertar dele! Vocês podem ser o casal perfeito aos olhos dos outros, mas só você sabe como se sente. É muito difícil a vítima perceber logo de início o que está acontecendo, já que “o amor é cego”. E depois pode ser ainda mais difícil sair da relação. Mas é importante lembrar que você não está sozinha e que pode contar com outras pessoas.

Vale ressaltar que relacionamentos abusivos não são só os que machucam fisicamente, mas os que acabam com a sua saúde mental também. Nada que faça você se sentir culpada, triste ou presa é saudável. Todo mundo merece um relacionamento em que você se sinta feliz e que venha para somar, não para subtrair.

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Em todo relacionamento acontecem brigas, mas saiba separar conversas que melhoram o relacionamento de discussões que só machucam. Lembre-se sempre de que sua saúde mental é mais importante que “um rostinho bonito” ou “um estilo que tem a ver com você”. As pessoas só podem ter posse de objetos e não de pessoas. Procure se conhecer, só você sabe quem é de verdade. Encontre o amor da sua vida, que é você mesma. Se baste. Fique com alguém que te transborde!

Para finalizar, quero agradecer imensamente às mulheres incríveis que conseguiram se libertar e agora compartilham suas histórias para ajudar outras pessoas. Sem vocês, essa matéria não existiria.

Beijos,
@paula_neiman

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