Blog da Galera: a nova (e antiga) moda dos brechós
Aniké Pellegrini, da Galera CH, conversou com a dona de um brechó para entender como funciona
Oi pessoal, tudo bem? Aqui é a Aniké Pellegrini de novo e, dessa vez, trouxe uma matéria falando sobre algo que está bombando na moda ultimamente, além de estar trazendo de volta várias tendências de décadas atrás para as ruas: os brechós!
O número de brechós novos que estão surgindo é muito grande e, consequentemente, a quantidade de peças de roupas antigas que voltaram à moda aumentou também. Os brechós retornaram em peso, principalmente através de uma plataforma muito mais próxima do público: o Instagram.
No Instagram, as fotos das roupas são postadas e quem se interessa em comprar envia uma mensagem por direct ou até mesmo nos comentários da publicação. Assim, o brechó não precisa nem de uma loja fixa, já que as peças podem ser entregues em locais públicos, como estações de metrô.
Óculos, calças, jaquetas corta vento, parkas, macacões, jeans, tênis, sandálias, chapéus e outros inúmeros ~tesouros~ achados em garimpadas de brechós estão saindo do fundo do baú e retornando aos armários.
Garimpar é demais e ajuda a montar produções cheias de estilo, porém essa ~arte~ não é tão simples quanto parece! Para ajudar nessa questão, conversei com a Yasmim Stevam, dona do Brechó no Fundinho, que respondeu algumas perguntas sobre o brechó dela. Confira:
Aniké: De onde surgiu a ideia do Brechó no Fundinho?
Yasmim: Eu sempre gostei de brechós, de garimpar roupas e usar peças diferenciadas das encontradas em shoppings. Quando eu fiquei desempregada, tive o estímulo de uma amiga e aproveitei essa minha paixão para fazer dela meu trabalho. Eu abri o brechó no meu quarto, que ficava no fundo da minha casa, comecei a fotografar com amigos e aos poucos foi crescendo até virar o que é hoje.
Aniké: Qual é o critério de escolha das roupas?
Yasmim: Eu sou bem criteriosa na hora de garimpar, então sempre procuro peças de época, bem estampadas e acinturadas, como calças de cintura alta, maiô cavado e por aí vai. O próprio nome do brechó remete às peças de fundo de baú, porque, de tanto que garimpo, encontro as peças do fundinho!
Aniké: De onde você garimpa as roupas?
Yasmim: Pode não parecer, mas as roupas são compradas em bazares de igreja e outros brechós de bairro, que são baratos e populares. Os mais bagunçados costumam ter as melhores peças! Eu vou longe atrás dessas peças.
Aniké: Vocês trabalham com troca de peças?
Yasmim: Então, como eu garimpo bastante e vou muito atrás de peças, eu não faço trocas e não aceito doações. Garimpar é muito trabalhoso e cansativo; é prazeroso, mas cada roupa comprada é escolhida a dedo!
Aniké: Por que comprar em brechós?
Yasmim: Se formos parar para pensar, no mundo todo, a quantidade de roupas é muito grande! A gente precisa usar o que já temos produzido, sem contar que muitas peças lindas de brechó não vão voltar à moda. E, se voltarem, vai demorar para acontecer.
Aniké: Qual seu conselho para quem tem receio de comprar de brechós?
Yasmim: Eu já tive vergonha de entrar num brechó, mas quando parei para ver a economia que eu estava fazendo e comecei a olhar cada peça como uma história, valorizei mais os brechós. Então, eu sugiro que deixem o quanto antes esse receio de lado e aproveitem este meio tão vasto!
A nossa contribuição para a reciclagem de roupas é muito importante, tanto para o meio ambiente quanto para o nosso bolso. É possível gastarmos menos sem precisarmos deixar de incrementar nosso guarda-roupa. Justamente por isso, e para incentivar o uso de brechós, separei alguns para indicar para vocês: @brechonofundinho, @brechoseff, @breshoplunaatic, @brechosemclasse, @salvebrecho e @miabrecho.
Eu já sou adepta dessa moda há muito tempo, tenho desde camisetinhas básicas até parkas maravilhosas compradas em brechós. Espero que vocês também tirem proveito dessa moda e a ajudem a crescer. Se quiserem recomendar outros brechós, é só me enviar!
Beijos,
@keke_bp