A criadora de conteúdo e empresária Bianca Andrade revelou que, pela primeira vez em 12 anos trabalhando com internet, vai tirar férias de um mês. O principal motivo é se recuperar de uma cirurgia de amigdala, mas a saúde mental também está sendo levada em conta.
Para Bianca, que tem mais de 18 milhões de seguidores no Instagram e uma marca de maquiagem, a Boca Rosa Beauty, o principal desafio dos influenciadores é não se tornar refém das redes sociais.
“Trabalhar é importantíssimo. Engajamento é super importante para o meu negócio. Os números são super importantes, mas o meu grande desafio é justamente não me sentir refém deles e me permitir descansar de verdade”, disse a carioca, que foi apoiada por outras criadoreas, como Ellora Haonne e Foquinha.
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A empresária disse que fazer esses afastamentos é necessário, mas requer planejamento e coragem. “Este ano, eu prometi respeitar mais o tempo do meu corpo, o tempo da minha mente e a minha saúde mental”, revelou.
Bianca disse que deixou alguns conteúdos prontos e que vai resgatar alguns antigos para não deixar suas redes sociais paradas. “Estou curiosa para descobrir qual Bianca vou encontrar nessa minha experiência.”
A importância do detox digital
Em 2021, a CAPRICHO ficou uma semana sem internet, usando um aparelho celular old school, que só permite chamadas e mensagens de texto. Sem redes sociais, sem aplicativos, sem imediatismo.
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A intenção principal do chamado detox digital é desacelerar e, consequentemente, diminuir os níveis de estresse e ansiedade do corpo. Não é ser antitecnologia, mas é dar uma desligada do mundo online que não para nunca – e que estimula sentimentos, como comparação.
Nos EUA, por exemplo, a Nokia percebeu um “boom” de vendas de celulares do início dos anos 2000, popularmente conhecidos como “tijolões”. O público principal? Adolescentes e jovens adultos.
A principal justificativa da geração Z é o cansaço das telas e da vida digital, que aparentemente não está mais preenchendo espaços vazios – principalmente após a pandemia de Covid-19, que afetou a saúde mental das pessoas.
Alguns especialistas, contudo, garantem que o detox digital pode ser uma meta impossível, como explica a consultora Emily Cherkin: “A tecnologia, agora, é parte de nós”.
Os bancos são digitais, os cardápios de restaurantes são digitais, os serviços de transporte, as conversas, a vida; tudo é digital ou passa, em algum momento, por esse universo.
Por isso, não é assim tão simples se desligar 100% da vida online, especialmente para estudantes, que hoje otimizam suas pesquisas com a internet. Mas é possível estabelecer limites, como diminuir o tempo online, se desprender de responder mensagens em tempo real, não ficar checando o celular de cinco em cinco minutos, colocar o aparelho em modo avião ao ir para a cama e se tornar cada vez menos refém das redes sociais.
Afinal, a gente tem que controlar o celular, não o contrário!