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Anvisa autoriza vacina da Pfizer a partir dos 12 anos; o que isso muda?

O que significa essa autorização e como ela impacta, na prática, os adolescentes a partir de 12 anos do Brasil?

Por Isabella Otto Atualizado em 11 jun 2021, 14h49 - Publicado em 11 jun 2021, 13h18
Ao centro, modelo usa cropped azul de manga comprida. Ela está com uma das mãos na cintura, sorrindo. De um lado, a frase
Marisa/Divulgação

Boa notícia envolvendo a vacinação contra a COVID-19! Nesta sexta-feira, 11, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária autorizou o uso da vacina da Pfizer no Brasil em adolescentes a partir dos 12 anos de idade. Anteriormente, a faixa etária indicada era a partir dos 16.

Adolescente recebendo a vacina contra a COVID-19 no braço
Adolescente sendo vacinada na gringa contra o coronavírus Oliver Berg/picture alliance/Getty Images

O imunizante da Pfizer, desenvolvido em parceria com o laboratório BioNTech, já podia ser aplicado em jovens dessa idade na Europa, no Reino Unido, nos Estados Unidos e no Canadá. No Brasil, a autorização deu-se após a conclusão de estudos desenvolvidos no próprio país, que garantem a eficácia e a segurança da droga em pessoas na pré-puberdade. Novas pesquisas querem analisar também como o imunizante se comporta em crianças e bebês.

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O resultado do estudo foi anunciado em 31 de março, quando os cientistas divulgaram que a vacina da Pfizer teve 100% de eficácia em adolescentes entre 12 e 15 anos. “Planejamos enviar esses dados ao FDA [Food and Drug Administration] como uma emenda proposta à nossa Autorização de Uso de Emergência nas próximas semanas e a outros reguladores em todo o mundo, com a esperança de começar a vacinar essa faixa etária antes do início do próximo ano letivo“, revelou o presidente e CEO da Pfizer, Albert Boula, na época.

O QUE MUDA COM A AUTORIZAÇÃO DA ANVISA?

Na prática, ainda pouca coisa, já que a faixa etária dos 12 aos 17 anos ainda não faz parte do plano brasileiro de imunização contra a COVID-19. Até o momento, o Ministério da Saúde não se pronunciou sobre o assunto nem se pretende incluir essa faixa etária na campanha de vacinação de 2021, o que resultaria num retorno das aulas presenciais mais seguro e numa retomada mais eficaz da educação.

 

Em teoria, a mudança é mais ambulatorial, relacionada à bula do imunizante. Agora, constará nela que ele pode também ser aplicado em pessoas a partir dos 12 anos de idade – e não mais somente em adolescentes a partir dos 16.

A autorização da Anvisa com relação à vacina garante uma maior esperança para esse grupo, mesmo que ele ainda esteja de fora da campanha de vacinação nacional [estima-se que, até outubro, pelo menos toda a população adulta de São Paulo, com mais de 18, já tenha recebido pelo menos uma dose da vacina], já que as outras duas vacinas aplicadas no Brasil, a CoronaVac e a da AstraZeneca, não possuem aval da Anvisa para serem aplicadas em menores de idade.

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Durante audiências da CPI da Covid, foi revelado que o Governo Bolsonaro recusou cerca de 70 milhões de doses da Pfizer, sendo que algumas das ofertas, que ficaram sem respostas, estavam sendo feitas pela metade do preço pago pelos EUA, pelo Reino Unido e pra União Europeia.

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